Técnicos da Corte simularam o uso da biometria durante procedimento que atesta a integridade dos equipamentos
Técnicos do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) simularam durante esta semana o uso da biometria no processo de inicialização da urna eletrônica, atendendo a um pedido das Forças Armadas.
Os militares têm insistido para que o teste de integridade das urnas, feito no dia da votação, seja reformulado. Essa é uma das reivindicações feitas pelo Ministério da Defesa e motivo de animosidade entre os poderes.
Segundo auxiliares do presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, a simulação não indica necessariamente um movimento de recuo da Corte e que dificilmente sugestões serão adotadas a pouco tempo da eleição por não acrescentarem de fato mais segurança ao processo eleitoral.
Apesar disso, ministros do presidente Jair Bolsonaro têm esperanças de que algumas medidas sugeridas sejam finalmente adotadas, evitando um constrangimento ainda maior dos militares em relação à população.
Para o governo federal, as mudanças podem ajudar a baixar a temperatura entre o presidente e o TSE. Nos últimos meses, Bolsonaro tem disparado ataques contínuos contra a Corte e as urnas eletrônicas. Mas, integrantes da Corte não acreditam que isso ajudaria a acabar com os atritos públicos.
Uso da biometria
Usualmente, o teste de integridade feito pela Justiça Eleitoral consiste no depósito de cédulas de papel que são comparadas com números digitados na urna eletrônica, para que os resultados atestem a eficácia do equipamento.
Os militares insistem para que seja introduzida a impressão digital real de uma pessoa durante este teste. Para as Forças Armadas seria importante reproduzir condições mais próximas da realidade, através do uso da biometria.
O TSE já deixou claro que não há tempo hábil para essa mudança e que poderia comprometer as eleições, provocando inúmeros tumultos no dia da votação.
Mesmo assim, técnicos da Corte estão tentando organizar uma forma de aplicar a sugestão com impacto mínimo, por exemplo, em um número reduzido de urnas. Mas, nada ainda está definido.
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