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sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Aluno com paralisia cerebral cria sistema barato para pessoas com deficiência digitarem

José tem paralisia cerebral e criou um sistema que facilita o uso de computadores por pessoas com deficiência 
- Foto: divulgação
Um aluno com paralisia cerebral, pós-graduando da Universidade Federal do Ceará (UFC), criou um sistema barato para ajudar pessoas com deficiência a usarem computadores com muito mais praticidade e eficiência. Por Monique de Carvalho / SNB

Por ter paralisia cerebral, Francisco José Prado Júnior sabe de todas as dificuldades que uma pessoa com necessidades especiais tem para usar algumas ferramentas. Por isso, o estudante pensou em desenvolver um dispositivo que gere mais acessibilidade a todos.

O estudante criou um mouse, fabricado a partir de impressora 3D, um novo editor de textos e um dispositivo para servir de alternativa ao teclado convencional.

Todas as ferramentas têm sistemas adaptados, que prometem derrubar ou ao menos reduzir as barreiras tecnológicas para pessoas com deficiência.

Tecnologia acessível
José sabe que já existem computadores e ferramentas que ajudam a pessoa com deficiência, mas eles têm um custo muito elevado e são inacessíveis para a maioria dos brasileiros.

Foi quando começou a pesquisar uma maneira de produzir essas ferramentas com um custo reduzido.

“Fiz o meu primeiro modelo de mouse, todo sucateado, com peças de fácil acesso. Mas consegui replicar o funcionamento do outro, acrescentando novas funcionalidades que ele não tinha”, conta.

A tecnologia criada por José é simples e prática. O usuário coloca uma espécie de bracelete elástico com eletrodos, e o sistema capta e classifica os movimentos de mão, para depois convertê-los em comandos para o computador.

“No trabalho, esse sistema foi utilizado para controlar um editor de texto. Cada movimento realizava um comando tal como escrever, apagar e mudar de caractere”, explica.

Motivação
José iniciou o desenvolvimento das ferramentas ainda no curso de graduação. A motivação foi a dificuldade que ele encontrava desde a escola.

Como possui limitação motora, José não consegue escrever com a mão. Por ser de uma família de origem humilde, nunca teve condições de comprar um computador.

“Sempre estudei sendo ajudado pelos colegas e pelos professores. Os colegas faziam anotações pra mim, os professores sempre davam uma maneira de fazer avaliações adaptadas, de forma oral. Então, a educação sempre teve um sentido adaptativo no meio onde eu estudava”, relembra. Leia mais em https://www.sonoticiaboa.com.br

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