O Ministério da Saúde decidiu rescindir o contrato de compra de 10 milhões de doses da vacina russa Sputnik V. Segundo o Valor Econômico, o governo pretende argumentar que a Sputnik não conseguiu a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), uma das exigências do contrato. Agora, o anúncio depende apenas da conclusão das análises jurídicas. Foto: Andrej Isakovic/AFP
No dia 4 de junho, a Anvisa autorizou a importação excepcional de um volume reduzido de doses da Sputnik, que teve a União Química como empresa intermediária. A medida aconteceu por falta de informações que garantissem a segurança e a eficácia da vacina. Além da quantidade correspondente a no máximo 1% da população, a vacina só poderia ser aplicada após a aprovação de cada lote pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS).
Além disso, as primeiras aplicações teriam que passar por uma ação de vigilância para observar efeitos adversos. E somente pessoas jovens e sem comorbidades poderiam se vacinar com a Sputnik. Outro agravante é o cenário de ofertas de vacina: o Ministério da Saúde estima que 80 milhões de doses de vacinas contra o vírus cheguem ao Brasil em agosto e tem como meta a concluir a imunização dos maiores de 18 anos até novembro.
O governo também vai rescindir contrato da vacina indiana Covaxin, da Bharat Biotech, envolvida em denúncias de corrupção. No caso da Sputnik, ainda há um contrato de 37 milhões de doses com o consórcio de governadores do Nordeste.
Na última segunda-feira (19), o consórcio cobrou do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a inclusão da Sputnik V no Programa Nacional de Imunizações. Mas Queiroga afirmou que não pretende atender o pedido.
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