por Jade Coelho / BN

A pneumologista Maristela Sestelo acredita que a baixa procura pela vacina da gripe se dá pelo entendimento de grande parcela da população de que a doença é branda. Mas a especialista faz um alerta: “é uma roleta russa, a gente não tem como adivinhar que o indivíduo, mesmo fora do grupo de risco, possa ter uma manifestação grave ou não”.
A cada ano a Organização Mundial da Saúde (OMS) investiga quais são os tipos de vírus Influenza que estão circulando pelo mundo para definir as cepas que a vacina daquele período vai combater. É por isso que o imunizante precisa ser dado anualmente.
A médica elenca os fatores que ressaltam a importância da vacinação contra a gripe durante a pandemia da Covid-19. “Uma particularidade que tem recomendado muito para os pacientes que é tomem a vacina de gripe, porque primeiro se tiver a gripe nesse momento você vai apresentar um quadro mais brando, mas se tem uma manifestação e não foi vacinado a gente sempre vai ficar na dúvida: é H1N1 ou é Sar-Cov-2? Quando o indivíduo foi vacinado não”, explicou.
Além disso, a especialistas em doenças do trato respiratório ainda aponta que, apesar de Salvador não ter registrado nenhum caso, a literatura médica tem notificações de casos de coinfecções de Covid-19 e outros vírus respiratórios. “Do ponto de vista fisiopatológico é perfeitamente factível. A presença de um vírus não invalida a chance de um indivíduo sobrepor a infecção por um outro vírus”, afirmou Maristela.
Maristela é médica da rede estadual da Bahia, atuou por 28 anos no Hospital Especializado Octávio Mangabeira e atualmente atende no Hospital Ernesto Simões Filho. Ela é professora do curso de Medicina da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, onde coordena o Ambulatório de Tabagismo. Leia a entrevista completa na Coluna Saúde.
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