Um dia após sair do hospital, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) realizou na manhã desta segunda (19) sua primeira interação com apoiadores em frente ao Palácio do Planalto. Ele minimizou as denúncias de corrupção em negociações de vacinas contra a Covid-19. Foto: Marcos Corrêa/PR
Segundo reportagem no portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias em Brasília, Bolsonaro também voltou a responsabilizar lobistas pelas acusações apresentadas. No domingo (18), ao deixar o Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, ele negou que o governo federal tenha realizado acordos comerciais com “picaretas”.
“Agora inventaram a corrupção por pensamento. Brasília é capital federal, para cá vem todo tipo de gente pra fazer lobbies. Você pode ver essa última narrativa agora: ‘Mas o Pazuello conversou com empresários’. Eu converso todo dia com empresários; se é crime, eu sou criminoso”, disse o presidente.
A mais recente denúncia recai sobre o ex-ministro da Saúde general Eduardo Pazuello, que teria negociado, com intermediadores, a aquisição de 30 milhões de doses da vacina Coronavac, pelo triplo do preço praticado pelo Instituto Butantan.
A ação foi divulgada pela Folha de S. Paulo. Pazuello aparece em um vídeo onde narra o desfecho da reunião com representantes da empresa. Após a repercussão, o ex-ministro refutou as denúncias. Como argumento, o general alegou que teria apenas cumprimentado representantes da empresa, após agenda com a secretaria-executiva da pasta, então comandada pelo coronel Elcio Franco. A negociação não prosperou.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 também avança em suspeitas de irregularidades em contratações de outros imunizantes, como é o caso da vacina indiana Covaxin, alvo de investigações por quebra de contrato e superfaturamento. Após as denúncias virem à tona, o contrato foi suspenso pelo Ministério da Saúde.
Também é investigado o oferecimento de propina na negociação de 400 milhões de doses da AstraZeneca pela empresa Davati Medical Supply. Segundo um representante da empresa, o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias teria pedido propina de US$ 1, por dose de vacina contra a Covid-19, para fechar contrato com o Ministério da Saúde. A farmacêutica nega trabalhar com intermediários.
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