Foto: Divulgação
Após quase um ano convivendo apenas com familiares, sem o contato físico com os professores e coleguinhas da escola, devido ao distanciamento social imposto pela pandemia da Covid-19, a retomada das aulas presenciais das crianças e adolescentes, já anunciada por autoridades locais, requer muita preparação, e, sobretudo, adaptação à nova realidade escolar. Afinal, os pequenos poderão sentir o impacto de ter mais uma vez a rotina modificada. A psicóloga do Sistema Hapvida, Geane Santos, explica como os pais devem saber preparar os filhos para a retomada das aulas.
Um dos principais pontos defendidos pela especialista é a importância de a família preparar as crianças com antecedência, reforçando o lado positivo de voltar à escola e os novos cuidados com a saúde. "Isso já deveria ser feito ao decorrer de todo esse processo, principalmente, com as crianças mais novas, que precisam lavar as mãos e passar o álcool sozinhas. Acredito que para os adolescentes será um pouco mais fácil, mas para os pequeninos, se distanciar da família e manter essas medidas de higiene pode ser uma tarefa mais complicada", diz Geane.
Em se tratando das crianças que ainda estão na fase de alfabetização, a especialista destaca que o momento do retorno às salas de aula será ainda mais desafiador, sobretudo pela necessidade de conter as expressões de emoção, comuns antes da pandemia, como abraçar, dividir lanches e se sentar juntos, que ainda devem ser evitados. "Tem que haver uma parceria entre a escola e família para orientar e sensibilizar as crianças para esse novo normal, ajudá-los a construir uma nova rotina e se comportar no ambiente escolar. Será um trabalho gradativo, e, sobretudo, de muita paciência", explica.
Sem culpas!
A discussão do momento tem sido levar ou não os filhos para escola. Para os pais que ainda sentem dúvidas, a psicóloga alerta que não precisam se culpar, mas, é necessário entender a importância desse processo para a formação da criança enquanto indivíduo social. Geane aponta ainda que a escola não é apenas para estudos, mas também um local de socialização. "O ambiente da casa difere do escolar, tanto no que diz respeito aos conflitos, quanto aos aprendizados. Como se relacionar, dividir, saber respeitar o espaço e tempo do outro, tudo isso a criança aprende na escola, na convivência com outras pessoas", afirma.
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