Foto: José Cruz/ Agência Brasil
O deputado federal Ricardo Barros (PP), líder do governo Bolsonaro na Câmara, defendeu a realização de um plebiscito no Brasil para a elaboração de uma nova Carta Magna. Segundo ele, a atual Constituição torna o Brasil um “país ingovernável”. Ele citou como exemplo o Chile, que foi ás urnas no domingo (25) para definir uma nova Assembleia Constituinte.
No Chile, a atual Constituição data da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), mas sofreu emendas e modificações que a tornam bem diferente do texto formatado pelos militares décadas atrás.
“Eu pessoalmente defendo nova assembleia nacional constituinte, acho que devemos fazer um plebiscito, como fez o Chile, para que possamos refazer a Carta Magna e escrever muitas vezes nela a palavra deveres, porque a nossa carta só tem direitos e é preciso que o cidadão tenha deveres com a Nação”, disse Barros nesta segunda-feira (26), ao participar de um evento denominado "Um dia pela democracia”.
"Não temos mais capacidade de pagar nossa dívida, os juros da dívida não são pagos há muitos anos, a dívida é só rolada e com o efeito da pandemia cresceu muito, e esse crescimento nos coloca em risco na questão da rolagem da dívida”, disse. Emendas à Constituição, segundo ele, não são o suficiente.
Outro problema, na visão do parlamentar, é que “o poder fiscalizador ficou muito maior que os demais” e, por isso, seria necessário também “equilibrar os Poderes” no país. O deputado, que é alvo de investigações do Ministério Público Federal, diz que é preciso punir quem apresentar denúncias sem prova.
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