Foto: Reprodução / Agência Brasil
Demitido em outubro do cargo de porta-voz da Presidência da República, o general Otávio do Rêgo Barros publicou artigo nesta quarta-feira (28) com indiretas a Jair Bolsonaro. Sem citar o presidente, Rêgo Barros insinuou que o Legislativo e o Judiciário deveriam manter Bolsonaro sob observação, pois "a estabilidade política do império está sob risco".
Barros ainda comparou indiretamente Bolsonaro a Júlio César ao escrever que “o poder inebria, corrompe e destrói!".
"As demais instituições dessa República —parte da tríade do poder— precisarão, então, blindar-se contra os atos indecorosos, desalinhados dos interesses da sociedade, que advirão como decisões do 'imperador imortal'. Deverão ser firmes, não recuar diante de pressões", publicou Rêgo Barros no artigo veiculado pelo Correio Braziliense.
O título do artigo, a expressão em latim "Memento mori", faz menção a frase que o escravo de Júlio César sempre dizia ao imperador: "Lembra-te que és mortal.". O mantra tinha a função de evitar a megalomania do governante.
"Infelizmente, nos deparamos hoje com posturas que ofendem àqueles costumes romanos", lamentou o ex-porta-voz em seu texto. "Os líderes atuais, após alcançarem suas vitórias nos coliseus eleitorais, são tragados pelos comentários babosos dos que o cercam ou pelas demonstrações alucinadas de seguidores de ocasião."
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