Foto: Sérgio Lima/ Poder360
A Procuradoria-Geral República (PGR) reabriu duas investigações sobre supostos pagamentos da empreiteira OAS ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A medida foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, que determinou o envio dos autos à Polícia Federal (PF) para a reabertura das investigações contra o deputado federal.
Segundo o jornal O Globo, os dois inquéritos foram unificados. Um deles tem como base trocas de mensagens entre Maia e o ex-presidente da empreiteira, Léo Pinheiro. Em 2017, a PF concluiu essa investigação e apontou indícios de corrupção passiva por parte do parlamentar, que foi acusado de beneficiar a OAS em uma medida provisória em troca de doações eleitorais.
A publicação lembra que, na época, a então procuradora-geral da República, Raquel Dodge, preparou uma minuta de denúncia a ser apresentada ao STF, mas deixou para que seu sucessor, o baiano Augusto Aras, decidisse.
Empossado desde setembro do ano passado, Aras não decidiu se protocolaria a denúncia ou não e pediu a sua equipe a realização de uma apuração nas provas levantadas pela PF. Com o resultado em mãos, ele agora julgou necessário pedir a reabertura do processo para aprofundar as investigações.
Já o segundo inquérito, que é sobre supostos repasses de caixa dois da OAS a Maia, teve como ponto de partido a delação premiada de funcionários do setor de contabilidade da empreiteira. Esse processo acabou engavetado por Dodge antes de ela deixar o comando da PGR.
No entanto, o jornal pontua que, no início deste ano, a PF enviou um ofício a Fachin, afirmando ter encontrado novos indícios sobre o caso a partir de planilhas da empresa. Com isso, a corporação sugeriu a reabertura do inquérito ao ministro que, por sua vez, intimou Aras sobre o assunto. Em manifestações feitas entre maio e junho, a PGR solicitou o desarquivamento do processo e sua unificação aos outro.
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