Foto: Ramon Pereira/ TRF-1
O Palácio do Planalto intensificou a movimentação para nomear o desembargador do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), Kassio Marques, como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). O objetivo é que ele assuma a vaga tão logo o ministro Celso de Mello se aposente.
Segundo o jornal O Globo, o líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), organizou para esta semana reuniões de Marques com lideranças do Senado, Casa a qual compete aceitar o nome indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à vaga na mais alta corte do país.
A pressa do Planalto tem motivo: uma nomeação rápida pode fazer com que Kássio herde de Celso de Mello a relatoria do inquérito que apura se Bolsonaro interferiu na Polícia Federal para proteger familiares e aliados, como acusou o ex-ministro da Justiça Sergio Moro.
Entretanto, Bolsonaro trabalha com outro cenário, que é a possibilidade de Luiz Fux, presidente do STF, distribuir o processo para outro magistrado com mais experiência. O ministro pode argumentar que Marques seria novato no Supremo ou também que poderia haver certo constrangimento, visto que, confirmada a nomeação, Marques teria chegado à corte por indicação de Bolsonaro.
Neste domingo, Bolsonaro usou as redes sociais para rebater críticas de internautas à indicação de Kassio Marques para o STF. A liberação para uma licitação do STF que previa a compra de alimentos como lagostas e vinhos caros, a suposta proximidade ao PT, a pecha de "desarmamentista" atribuída ao desembargador e o apoio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) são algumas das críticas nas redes sociais do presidente. Algumas das críticas foram rebatidas por Bolsonaro.
"Baseado em que fato concreto você critica o desembargador Kassio Nunes?", questionou Bolsonaro a um internauta que lhe pediu para rever a indicação. "Você sabe quantos ministros e secretários meus já trabalharam nos governos do PT? Você acha que eu deveria demitir o ministro Tarcísio (de Freitas, da Infraestrutura)?", escreveu Bolsonaro.
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