A taxa de desemprego no Brasil caiu a 11,2% no trimestre encerrado em novembro, mostraram dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 27, puxada por contratações no comércio perto do fim do ano.
Contudo, a informalidade bateu novo recorde, num sinal dos desafios para o mercado de trabalho em 2020. Além disso, apesar da queda, o número de desempregados ainda soma 11,9 milhões de pessoas.
De acordo com a Veja, o nível de desocupação é o mais baixo desde o trimestre encerrado em maio de 2016 (quando também bateu 11,2%). Para trimestres findos em novembro, é o menor desde 2015, quando a taxa ficou em 9,0%.
De acordo com a analista da pesquisa, Adriana Berenguy, o comércio respondeu por 240 mil das 378 mil a mais de população ocupada no trimestre com carteira (total de 33,4 milhões de trabalhadores nessa categoria), com as contratações relacionadas a vagas temporárias abertas para fazer frente às datas comemorativas de final de ano.
No trimestre, foram geradas 338 mil vagas de trabalho no comércio, de um total de 785 mil pessoas ocupadas a mais ante o trimestre anterior. “Apesar do avanço na carteira, estruturalmente o mercado não mudou muito. Ainda há muita informalidade e um crescimento de (trabalhadores por) conta própria que vem desde maio de 2017”, disse Berenguy.
O número de trabalhadores por conta própria bateu novo recorde na série histórica ao chegar a 24,6 milhões de pessoas, alta de 1,2% frente ao trimestre móvel anterior (junho a agosto) e de 3,6% em relação ao mesmo período de 2018. A população ocupada informal atingiu 38,8 milhões de pessoas, recorde da série histórica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário