Ter o WhatsApp clonado tem se tornado cada vez mais recorrente no Brasil. Um levantamento feito pela empresa de cibersegurança PSafe mostra que, a cada dia, 23 pessoas são vítimas dessa modalidade de golpe em todo o país. Isso significa que 8,5 milhões de brasileiros sofreram o golpe de hackear WhatsApp à distância só em 2019. O quadro se deve, em grande parte, à popularização dos aplicativos para clonar o mensageiro, que permitem espionar o WhatsApp de outras pessoas sem precisar de muitos conhecimentos técnicos para invadir o celular.
Outro fator que contribui para o aumento nos casos de golpe é o desconhecimento dos usuários quanto a normas básicas de segurança do WhatsApp. Muitos repassam, ser saber, para criminosos o código de autenticação do mensageiro que dá acesso aos chats privados. Entenda a seguir como funciona o processo de clonagem do aplicativo e saiba como se proteger de invasores e recuperar WhatsApp clonado.
Como clonar WhatsApp? Entenda o processo de clonagem
Para realizar o golpe, é preciso ter em mãos o celular da pessoa cujas mensagens serão monitoradas. Ou seja, não é possível clonar o WhatsApp à distância só com o número telefônico, o que indica como medida de segurança atenção quanto a abordagens suspeitas em celulares. Isso porque os aplicativos para clonar WhatsApp funcionam a partir da leitura de um QR Code, que será escaneado no smartphone da vítima, seguindo o mesmo procedimento de login no WhatsApp Web.
Após a leitura do código, os apps de clonagem espelham as conversas da vítima no celular do invasor. Vale lembrar que aplicações desse tipo são de procedência duvidosa e podem abrir brechas de segurança em quem deseja invadir o WhatsApp de terceiros.
Apesar de o modo de funcionamento dessas ferramentas ser parecido com o do WhatsApp Web, o usuário não recebe nenhuma notificação alertando sobre o clone. Assim, a vítima continua conversando normalmente, sem desconfiar que alguém está de olho nas mensagens. A versão para navegadores do mensageiro, porém, informa a quantidade de sessões ativas na conta.
Outra forma de clonar o WhatsApp é a partir do código de verificação enviado pelo próprio mensageiro. Nessa modalidade de golpe, criminosos entram em contato com as vítimas pelo número de celular disponibilizado em sites de vendas como OLX e Zap Imóveis. Na mensagem, eles informam que há reclamações referentes ao contato do cliente e pedem que a pessoa confirme a própria identidade, fornecendo o código que será enviado por SMS. Quando a vítima fornece a combinação que chega ao aparelho, e os golpistas conseguem ativar o WhatsApp em um novo dispositivo e clonar a conta.
Espionar WhatsApp e golpes financeiros estimulam prática
Ao ter livre acesso ao WhatsApp de um usuário, o hacker pode usar o conteúdo das mensagens para fazer chantagens com a vítima em troca de dinheiro. Segundo levantamento conduzido pela PSafe, 26,7% dos entrevistados apontaram o vazamento de conversas privadas como o principal prejuízo da clonagem de WhatsApp.
É comum também que o invasor se passe pela vítima para aplicar golpes em seus amigos e familiares. Ainda de acordo com a pesquisa, o envio de links com golpes para outros contatos responde por 26,6% dos danos, seguido de solicitações de dinheiro aos amigos (18,2%), perda da conta do WhatsApp (18,0%) e chantagem (10,5%).
Outro incentivo recorrente é espionar a conversa privada de amigos próximos e parentes. O interesse em clonar o WhatsApp do marido, esposa ou namorados tem crescido no último ano no Brasil, e isso é provado pelo aumento no uso de apps espiões, como o chamado “stalkerware“.
Como saber que o WhatsApp foi clonado?
É possível saber se que o WhatsApp foi clonado com algumas dicas simples. Em primeiro lugar, fique atento a atividades estranhas na sua conta. Caso observe que conversas não lidas por você constam como visualizadas, ou note mensagens que não lembra de ter enviado, é provável que o WhatsApp esteja ativo em um lugar diferente do seu aparelho.
Outro indício envolve as sessões ativas no WhatsApp Web. No menu principal do mensageiro, é possível conferir quais dispositivos estão conectados. Se houver algum login suspeito, pressione a opção “Sair de todas as sessões” para remover dispositivos estranhos.
Saiba evitar a clonagem do WhatsApp
Como a maioria dos aplicativos para clonar WhatsApp requer acesso físico ao celular, o primeiro passo para se proteger é não deixar o celular desbloqueado em qualquer lugar, sem supervisão. Instalar versões “turbinadas” do mensageiro, como o GB WhatsApp ou o Yo WhatsApp, é outra atitude que deixa o usuário vulnerável à clonagem — além de irem contra os termos de uso da plataforma.
Para reforçar a segurança da conta e impedir a ação de invasores, recomenda-se ativar a confirmação em duas etapas. Com isso, qualquer tentativa de verificação do seu número será acompanhada por um PIN criado por você, medida que impede a clonagem por código SMS, por exemplo.
É possível saber se que o WhatsApp foi clonado com algumas dicas simples. Em primeiro lugar, fique atento a atividades estranhas na sua conta. Caso observe que conversas não lidas por você constam como visualizadas, ou note mensagens que não lembra de ter enviado, é provável que o WhatsApp esteja ativo em um lugar diferente do seu aparelho.
Outro indício envolve as sessões ativas no WhatsApp Web. No menu principal do mensageiro, é possível conferir quais dispositivos estão conectados. Se houver algum login suspeito, pressione a opção “Sair de todas as sessões” para remover dispositivos estranhos.
Saiba evitar a clonagem do WhatsApp
Como a maioria dos aplicativos para clonar WhatsApp requer acesso físico ao celular, o primeiro passo para se proteger é não deixar o celular desbloqueado em qualquer lugar, sem supervisão. Instalar versões “turbinadas” do mensageiro, como o GB WhatsApp ou o Yo WhatsApp, é outra atitude que deixa o usuário vulnerável à clonagem — além de irem contra os termos de uso da plataforma.
Para reforçar a segurança da conta e impedir a ação de invasores, recomenda-se ativar a confirmação em duas etapas. Com isso, qualquer tentativa de verificação do seu número será acompanhada por um PIN criado por você, medida que impede a clonagem por código SMS, por exemplo.
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