Uma potente vacina contra a dependência química em cocaína, foi desenvolvida por um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A vacina também poderá ser estendida a indivíduos viciados em crack.
A droga sintetizada chega para enfrentar o enorme número de pessoas que consomem cocaína em nosso país, sobretudo nas capitais. Para comparação, de acordo com o Escritório de Drogas e Crimes da Organização das Nações Unidas (ONU), a média mundial de adultos viciados é de 0,4% – cerca de 19 milhões de indivíduos.
A vacina estimula a produção de anticorpos contra a cocaína através de uma molécula que age no sistema imunológico. Os anticorpos capturam a substância química antes dela chegar ao cérebro.
No caminho, modificam sua forma e reduzem os efeitos, como a sensação de euforia que vem com a liberação da dopamina, responsável pelo prazer. Sem isso, a vontade de consumir a droga diminui consideravelmente.
De acordo com o professor Angelo de Fátima, do Departamento de Química Orgânica da UFMG, após a liberação, a vacina será utilizada inicialmente na prevenção do abuso de cocaína por crianças e adolescentes e na luta contra o crack.
Um composto semelhante vem sendo produzido pela Faculdade de Medicina Weill Cornell, em Nova York (EUA). Ele é feito com a própria cocaína e outras substâncias, mas diferente da sua versão brasileira, já está em fase de teste em humanos e não mostrou efeitos colaterais, apesar de ter apresentado uma duração limitada.
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