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quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Dia Mundial da Psoríase: Teste seus conhecimentos sobre a doença

•Devido à falta de informação, muitos pacientes vivenciam o preconceito e se isolam da vida social; 96% dos brasileiros com psoríase já sofreram algum tipo de preconceito

•Psoríase é contagiosa? Tem cura? É possível viver sem as lesões? Teste seus conhecimentos e aprenda mais sobre a psoríase no quiz

•Ação de informação e conscientização sobre Psoríase está sendo realizada hoje, em Caixas do Sul (RS), no Hotel Blue Tree

No Dia Mundial da Psoríase, celebrado em 29 de outubro, a campanha “Pele Sem Psoríase”, que tem o apoio da Psoríase Brasil, alerta os pacientes sobre a possibilidade de manter uma pele sem lesões, devolvendo assim sua qualidade de vida. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, cerca de cinco milhões de pessoas sofrem com a doença no Brasil1. A psoríase causa placas avermelhadas e descamativas na pele1, gerando desconforto nos pacientes. Além disso, devido à aparência das lesões, a doença impacta na qualidade de vida, afetando a vida social, profissional e amorosa dessas pessoas2.

Apesar de ser uma doença relativamente comum3, a falta de informação faz com que haja preconceito com quem tem psoríase. Segundo a pesquisa CLEAR4, a maior já realizada no mundo para entender como vivem pacientes com psoríase moderada a grave, 96% dos pacientes brasileiros relataram que já sofreram algum tipo de preconceito por conta da doença, enquanto a média mundial é de 85%4.

Para o dermatologista e doutor em Ciências da Saúde, Gleison Duarte, do Instituto Bahiano de Imunoterapia (IBIS), embora seja considerada uma doença relativamente frequente e de importante impacto na vida do portador, a psoríase ainda é pouco conhecida pela população. “Essa é uma das razões que levam ao atraso no diagnóstico e, após anos sem tratamento adequado, muitos portadores chegam em estágios mais graves para consulta. Sabemos também que não somente a pele e as articulações, mas múltiplos órgãos podem ser afetados, principalmente nas formas graves, e seu reconhecimento imediato pode evitar complicações”, alerta o médico.

Ele ressalta, ainda, que, em alguns casos, poucas lesões são o bastante para o paciente levar uma vida marcada por estigmatização e preconceito. “Felizmente, o tratamento da psoríase avançou extremamente nos últimos anos, permitindo resgate da qualidade de vida e do aspecto normal da pele. Por isso a psoríase é pauta este mês de eventos de conscientização em todo país, em alinhamento à recomendação da Organização Mundial de Saúde sobre difusão desse importante tema”, destaca.

Psoríase é contagiosa? Tem cura? É possível viver sem as lesões?
Teste seus conhecimentos e aprenda mais sobre a psoríase no quiz abaixo.

1 -- A psoríase é contagiosa?
a) Sim
b) Não
c) Somente a psoríase grave

Resposta:
b) Não -- O Dr. Gleison explica que a psoríase não é transmitida de uma pessoa para outra5.
“A psoríase é uma doença que, apesar de não sabermos a causa, apresenta lesões que são consequência de uma alteração na função normal das células do sistema imunológico, resultando em placas descamativas e avermelhadas na pele do paciente3,5. Portanto, a pessoa que desenvolve a doença não foi infectada através do contato com outro paciente3,5”, esclarece.

2 -- A psoríase tem cura?
a) Não
b) Só em casos leves
c) Só em casos moderados

Resposta:
a) Não - A psoríase é uma doença crônica, portanto, não tem cura3. Porém, existem tratamentos para os diversos tipos da doença. Os medicamentos variam entre tópicos, orais, fototerápicos e injetáveis que são indicados de acordo com a gravidade das lesões em cada paciente6,7. “Para casos moderados a graves, por exemplo, os medicamentos imunobiológicos (injetáveis) podem ser a melhor opção, pois pesquisas mostram que até 80% dos pacientes conseguem uma pele sem ou quase sem lesões em quatro meses de uso 8”, esclarece o médico. “Mas é sempre importante verificar com o médico qual a opção mais adequada para cada caso”, alerta o especialista.

3 -- Quais são algumas das consequências causadas pela psoríase?
a) Vermelhidão e descamação da pele
b) Afastamento da vida social, profissional e amorosa
c) Opções A e B

Resposta:
c) Opções A e B -- Além de causar vermelhidão e descamação da pele, pacientes com psoríase afirmam sofrerem com o preconceito, e por isso, acabam se afastando de atividades sociais2. “A falta de informação faz com que as pessoas excluam ou tenham atitudes que causam desconforto em quem tem psoríase”, diz o especialista. “É fácil perceber o impacto da doença quando 28% dos brasileiros diagnosticados afirmam ter medo de perder o emprego e 33% deles já foram alvos de ‘brincadeiras ou piadas’ no ambiente profissional4”, completa.

Outra indicação do impacto causado pela doença é o fato de a ansiedade e a depressão estarem entre os principais diagnósticos recebidos por pessoas com psoríase. “É preocupante saber que 64% dos pacientes brasileiros diagnosticados apresentem alguma condição psicológica resultante da psoríase, enquanto a média global é de 38%4”, ressalta o especialista.

4 -- Quais as partes do corpo mais afetadas pela psoríase?
a) Mãos e pés
b) Tronco, braços, pernas e couro cabeludo
c) Apenas as unhas são afetadas pela doença

Resposta:
b) Tronco, braços, pernas e couro cabeludo -- As lesões podem aparecer em qualquer lugar do corpo, porém, os mais comuns são tronco, braços, pernas e couro cabeludo3. O Dr. Gleison explica que “as lesões podem também acometer as unhas dos pacientes e, até mesmo as articulações. Nesse caso, o paciente desenvolve o que chamamos de artrite psoríasica9”.

A Artrite Psoriásica é uma inflamação nas articulações causada pela psoríase. Pacientes que apresentam a artrite psoriásica, normalmente sentem dores nas articulações das mãos, pés, joelhos, pulsos e cotovelos, porém, essa inflamação pode atingir a coluna. Cerca de três a cada dez pessoas com psoríase irão desenvolver artrite psoriásica10.

5 -- Quais são os fatores de risco da psoríase?
a) Hereditariedade
b) Estresse
c) Obesidade
d) Todas as alternativas

Resposta:
d) Todas as alternativas -- Apesar de ter a causa desconhecida, existem alguns fatores de risco que podem desencadear ou piorar os sintomas da psoríase10. Se o paciente tiver histórico familiar, por exemplo, há um risco maior de desenvolver a doença. O Dr. Gleison também alerta que o estilo de vida pode influenciar no surgimento das lesões. “O estresse pode interferir no sistema imunológico, aumentado assim as chances de o paciente ter psoríase. Outros fatores como obesidade, consumo de álcool e tabagismo também devem ser controlados, pois aumentam o risco de desenvolvimento ou agravamento da doença10”, explica o médico.

6 -- O SUS oferece tratamento para psoríase?
a) Sim
b) Não
c) Só medicamentos de uso oral

Resposta:
a) Sim -- O Ministério da Saúde incorporou recentemente quatro novos medicamentos para o tratamento da psoríase em casos graves. Depois de uma consulta pública, realizada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia no SUS (CONITEC), foi possível atualizar o Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas (PCDT) de psoríase. O SUS já oferecia medicamentos de uso oral, externo e fototerapia e, no caso dos imunobiológicos, a indicação era apenas para o tratamento de outras doenças 10.

Agora você já sabe que a psoríase é uma doença crônica e não contagiosa, e que, mesmo quando as lesões estão inflamadas e muito aparentes, não existe o risco de transmissão de uma pessoa para outra. Vale ressaltar que, apesar de não existir prevenção ou cura, existem tratamentos eficazes no controle dos sintomas, chegando a proporcionar, em alguns casos, uma pele sem lesão. Ao perceber sintomas como manchas avermelhadas, descamação, pele seca que possa vir a sangrar, ou inchaço, dor e dificuldade de movimento nas articulações11, é preciso procurar um médico para que ele faça o diagnóstico.
Para saber mais visite o site: www.pelesempsoriase.com.br.

Ações de conscientização e informação sobre Psoríase
Para celebrar a data, confira a programação abaixo que acontecerá em oito cidades, nos dias 22, 28 e 29 de outubro oferecendo informação e conscientização sobre psoríase. Conheça também a programação nacional visitando o site: www.pelesempsoriase.com.br.

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