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Empresas dos setores público e privado pintam, iluminam ou estampam as fachadas dos prédios em amarelo em apoio à campanha do setembro amarelo, voltada para a valorização da vida. Dar visibilidade ao assunto é fundamental para incentivar o diálogo, desmistificar tabus e mudar essa realidade que tem assustado todas as faixas etárias.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 32 pessoas se suicidam por dia no Brasil por sofrerem de depressão. Mundialmente, há uma morte do tipo a cada 40 segundos. Além desse cenário, especialistas estimam ainda que o total de tentativas supere o de suicídios em pelo menos dez vezes. Os motivos para uma pessoa decidir tirar a própria vida são complexos e inúmeros, mas é consenso entre os profissionais de saúde que a prevenção e a valorização da vida são a chave no combate à doença.
Alguns sinais devem ser observados e merecem atenção, a exemplo de desmotivação, humor triste e sentimentos de baixa autoestima e de incapacidade. Segundo a psicóloga do Hapvida Saúde, Patrícia Guimarães, os sintomas são diversos, variam de acordo com o paciente e não há um perfil de pessoas que estejam propensas à doença. No entanto, fatores como desemprego, separação, decepção amorosa ou a perda de um ente querido podem influenciar.
"Uma mulher que acabou de ter um filho pode desenvolver uma depressão pós-parto, assim como alguém que teve uma decepção muito grande. A depressão surge através de aspectos importantes da nossa vida quando há uma instabilidade ou algo chega ao fim, podendo refletir no sentimento de tristeza profunda", explica Patrícia.
Buscar ajuda é a única forma de prevenir a doença e o psicólogo tem o papel de transmitir o conhecimento sobre os fatores de risco para auxiliar no tratamento. "Principalmente por fazer o paciente acessar um nível de desenvolvimento diante do que está sentindo e não se deixar destruir por aquele sentimento, pois pessoas depressivas geralmente têm atitudes autodestrutivas", afirma a especialista. "Nosso principal objetivo é oferecer auxílio e recuperar a saúde mental do paciente".
Patrícia ressalta que as ações para evitar a doença podem ser feitas em qualquer idade. Para ela, a depressão é curada quando a pessoa consegue compreender o que está sentindo e contornar a situação, não deixando aquele sentimento se tornar algo destrutivo. "Por isso, é necessário sempre buscar um acompanhamento, falar o que está sentindo, fazer terapia", aconselha.
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