O acordo coletivo da categoria ficou vigente até o início de agosto. Imagem: Divulgação/ Correios
Sindicatos que representam os funcionários dos Correios marcaram assembleia no dia 10 para definir se a categoria entra ou não em greve. Os trabalhadores e a estatal estavam desde julho negociando, com mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST), novo acordo coletivo para a categoria. A empresa, no entanto, não aceitou os termos indicados.
O acordo coletivo da categoria ficou vigente até o início de agosto. Antes de expirar, durante a audiência no TST, as duas partes concordaram em prorrogá-lo até 31 de agosto, enquanto as negociações andavam. Durante esse período de conversas, os sindicatos se comprometeram a não iniciar greve. No entanto, o novo prazo chegou e uma solução ainda estava pendente. Os Correios não quiseram prolongar por mais um mês o acordo, como propôs a Justiça do Trabalho, e, com isso, os trabalhadores voltaram a se organizar para uma paralisação.
Os trabalhadores dos Correios protestam contra a proposta de reajuste salarial oferecida pela empresa, de 0,8%. A proposta é menor que os 3,1% da inflação acumulada em 12 meses pelo Índice de Preços ao Consumidor (INPC). A categoria protesta quanto a proposta de revogação do acordo coletivo. Entre as cláusulas, está a exclusão do vale cultura, redução do adicional de férias de 70% para 33% e aumento da mensalidade do convênio médico e da co-participação em tratamentos de saúde. A exclusão dos pais de planos de saúde também é um ponto sensível na negociação.
As assembleias no dia 10 ocorrem às 19 horas. Caso seja deflagrada greve, ela começa no mesmo dia já às 22h, segundo José Rivaldo da Silva, secretário geral da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect). “A tendência é de greve, já que os Correios não querem negociar”, disse ele.
A Fentect representa sindicatos de Santos, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná e de diversos estados do Norte e Nordeste, como Paraíba, Ceará, Alagoas, Acre, entre outros. Até a manhã desta segunda, a entidade queria convocar assembleia para a terça-feira, 3. Do outro lado, a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect), que representa principalmente instituições trabalhistas do Rio de Janeiro e São Paulo, apoiava a paralisação no dia 10, o que daria maior tempo para mobilização e para uma resposta dos Correios a favor das negociações. Em reunião nesta segunda-feira, com outras centrais do setor, ficou definida a assembleia na semana que vem. (Veja)
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