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sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Novo curativo à base de açafrão evita cicatrizes

Por: Só Notícia Boa
A espuma pode ser colocada em ferimentos da pele para otimizar o processo natural de cicatrização (foto acima) e o tempero do qual é extraído

Cientistas da Suíça criaram um curativo à base de açafrão que evita cicatrizes. É o projeto Scaravoid, um termo em inglês que junta as palavras avoid (evitar) e scar (cicatriz).

Ele foi criado por uma equipe multidisciplinar dos Laboratórios Federais Suíços de Ciência e Tecnologia de Materiais (EMPA).

Eles colocam uma espécie de espuma em feridas cutâneas para apoiar e otimizar o processo natural de cicatrização.

O novo tratamento usa um polímero biológico já aprovado para alguns usos médicos e dióxido de carbono supercrítico (CO2), técnica que permite ajustar com precisão o tamanho dos poros do material.

Uma vez colocado em uma ferida, o “curativo” inicia seu trabalho: A arquitetura de poros abertos oferece às células uma estrutura adequada para se estabelecerem.

Como a espuma é biodegradável, as células desintegram a estrutura do polímero e produzem um novo suporte de acordo com suas necessidades para formar um novo tecido funcional, explica Markus Rottmar, que coordena o projeto.

Curcumina/açafrão
Para evitar cicatrizes indesejáveis, o andaime de polímero é equipado com uma substância bioativa que inibe a formação de cicatrizes.

Para isso, foi utilizada uma substância que é mais conhecida na cozinha do que no hospital: a curcumina, o pó da raiz de cúrcuma, ou açafrão.

A curcumina é um componente farmacológico interessante devido às suas características anti-inflamatórias.

Os pesquisadores adicionaram a curcumina às culturas de células e descobriram que a produção de biomarcadores tipicamente encontrados em cicatrizes é significativamente reduzida.

Na espuma, a curcumina é ligada ao interior do andaime e é liberada gradualmente, controlando o comportamento e o funcionamento das células que migram para o suporte e, assim, ajudando no equilíbrio natural da cicatrização.

A equipe está atualmente testando pequenos discos do polímero em laboratório e pretende fabricar estruturas maiores para uso em ensaios clínicos com pacientes. Com informações do Diário da Saúde

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