Foto: Reprodução/SBRAFH
Mesmo a limpeza regular das UTIs adulta e neonatal do hospital não é capaz de combater as bactérias presentes no local. A constatação foi feita por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) a partir de um estudo realizado no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto.
O estudo apontou que a higienização das UTIs resultou em uma ligeira diminuição na diversidade dos micróbios. Mas mesmo assim, vários gêneros de bactérias foram resistentes à desinfecção. O fato sugere que elas estão bem-adaptadas ao ambiente.
Apesar de ser um fato de conhecimento popular, pesquisa alerta que o uso de antibióticos não é o único fator que torna as bactérias resistentes. No caso do hospital, o uso do mesmo produto químico todos os dias também leva os microrganismos a se adaptarem. Informa o Bahia Noticias
“Em geral, o procedimento de limpeza era inconsistente. Os fatores de influência potenciais da limpeza insatisfatória incluem baixa eficiência do biocida usado, bactérias bem adaptadas à limpeza diária, soluções desinfetantes e toalhetes contaminados e conformidade variável ao procedimento de higiene e limpeza das mãos”, diz o texto da conclusão da pesquisa, publicada na revista especializada Frontiers in Public Health, no final de agosto.
Durante o estudo os pesquisadores coletaram amostras de objetos que deveriam ser limpos diariamente, a exemplo de colchões, camas, maçanetas e respiradores. Objetos de uso pessoal também foram analisados, como celulares que estavam na UTI e jalecos.
A partir disso foi possível apontar que o celular é uma das fontes de contaminação mais comuns. Este fato liga o alerta para o uso dos aparelhos dentro das Unidades de Tratamento Intensivo.
A intenção dos pesquisadores é de que a partir dos resultados, haja conscientização dos profissionais de saúde e demais funcionários das unidades hospitalares, em especial os responsáveis pela limpeza, a respeito da importância de seguir os protocolos de higiene e esterilização.
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