Família que extraia ouro ilegalmente pode ter lucrado R$ 19 milhões; extração de madeira causou dano de R$ 22 milhões.
Foto: Arquivo/Agência Brasil
Corrupção, formação de quadrilha, trabalho escravo, violência, grilagem, roubo de madeira – essas são as características do desmatamento ilegal da Amazônia relatado em reportagem do Estado de São Paulo deste sábado(31). O conjunto de crimes vai muito além do ambiental e envolve e ganhos milionários.
De acordo com investigações da força-tarefa Amazônia, do Ministério Público Federal, há elaboradas organizações criminosas por trás do problema e as queimadas são apenas a face mais visível. “No sul do Amazonas vimos cortes de 200, 500, 1 mil hectares de uma só vez. E isso quem faz é o fazendeiro já com rebanho considerável que quer expandir para uma área que não é dele. É o grileiro que invade uma terra pública.”, disse o procurador Joel Bogo, no Amazonas, ao Estado.
Em pouco mais de um ano, o esforço da Procuradoria no Amazonas, Rondônia, Amapá, Acre e Pará resultou em seis operações com ações penais já ajuizadas. Alguns casos envolvem altas somas, como o caso de uma família denunciada por extrair ilegalmente ouro ao longo de quase dez anos no Amapá. A Polícia Federal estima que o grupo tenha lucrado cerca de R$ 19 milhões. Em outro caso, de extração de madeira, o dano ambiental foi calculado em mais de R$ 22 milhões.
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