O porta-voz do presidente Jair Bolsonaro, Otávio Rêgo Barros, afirmou que as operações para entregar ajuda humanitária à Venezuela no próximo sábado (23) continuam normalmente, apesar da decisão de Nicolás Maduro de fechar a fronteira a partir das 21h (horário de Brasília) desta quinta-feira (21).
“O cuidado brasileiro com nossos irmãos venezuelanos continua com a Operação Acolhida. Prossegue o planejamento da operação humanitária mediante oferta de alimentos e remédios a partir do próximo dia 23”, disse Rêgo Barros.
Segundo o porta-voz, os meios disponibilizados pelo Governo Federal já iniciaram seu deslocamento para Roraima, que faz fronteira com a Venezuela. Questionado sobre o risco de tensão na região por causa do fechamento da divisa, ele destacou que a situação em Pacaraima é de “normalidade”.
“O intuito do Estado brasileiro, por meio de suas Forças Armadas e agências, é acolher os irmãos venezuelanos. O governo brasileiro não identifica neste momento possibilidade de fricção na região. O ponto focal é a ajuda humanitária”, garantiu.
Rêgo Barros também confirmou que o vice-presidente Hamilton Mourão participará de uma reunião do Grupo de Lima na Colômbia, em 25 de fevereiro, para discutir a questão venezuelana. Um ex-general amigo de Hugo Chávez, Hugo Carvajal Barrios, fez um apelo nesta quinta para as Forças Armadas permitirem a entrada de ajuda humanitária internacional. “Como, tendo o poder de deixar entrar ajuda humanitária em nosso país para salvar vidas, vocês poderiam decidir não fazê-lo?”, questionou.
Show – Mais de 30 artistas já confirmaram presença no “Venezuela Live Aid”, show promovido pelo bilionário britânico Richard Branson para coletar fundos para o povo venezuelano.
O espetáculo acontecerá nesta sexta (22), no lado colombiano da ponte Las Tienditas, que está bloqueada com caminhões e contêineres enviados por Maduro. O local já acumula 400 toneladas de equipamentos e pode receber até 500 mil pessoas.
Entre os artistas confirmados estão nomes célebres da música latina, como o espanhol Alejandro Sanz, o porto-riquenho Luis Fonsi e o grupo mexicano Maná. O megashow deve durar cinco horas, das 11h às 16h (horário local).
Em resposta, o governo Maduro deve promover um “contraconcerto” do lado venezuelano da ponte, com o nome “Hands Off Venezuela” (“Tire as mãos da Venezuela”, em tradução livre). (ANSA)
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