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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

AL-BA vai entrar com representação no MP por ato de racismo sofrido por cliente da Caixa

por Ailma Teixeira / BN
Foto: Reprodução / Nossa Política
Diante da repercussão do caso do empresário Crispim Terral, que acusa dois militares e um gerente da Caixa Econômica Federal de racismo, a Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) vai entrar com uma representação no Ministério Público estadual. A ação foi proposta nessa terça-feira (26), na Comissão da Igualdade da AL-BA, pela deputada Olívia Santana (PCdoB).

"O caso envolve uma série de situações, é o racismo, o abuso do poder policial, uma situação absurda de uma guarnição policial acatar uma ordem de um gerente de banco contra um cliente. No mínimo ali, se havia dúvida por parte da polícia, [o certo] era levar os dois, mas entendendo a cidadania de ambos e garantindo que fossem pra delegacia ouvir os dois lados", ressalta Olívia ao Bahia Notícias.

De acordo com ela, militantes do Movimento Negro também devem se dirigir ao MP-BA para demonstrar apoio à causa. Às 14h30, Terral e a parlamentar vão se reunir com a promotora Lívia Vaz para apresentar a representação contra a PM e a Caixa.

AGRESSÃO
O episódio denunciado por Terral aconteceu na terça (19) da semana passada, na unidade do Relógio de São Pedro. Na ocasião, ele se recusou a deixar o banco sem seu comprovante de transação, pois esperou mais de quatro horas por atendimento. Com isso, o gerente-geral, apontado como João Paulo, acionou uma guarnição da Polícia Militar para retirar o cliente do estabelecimento. Imagens divulgadas pelo empresário mostram o funcionário do banco dizendo que não vai até a delegacia prestar esclarecimentos, caso ele nao saia algemado, pois não faz acordos com “esse tipo de gente” (saiba mais aqui).

Já em outro trecho do vídeo é possível ver um dos PMs dar um “mata-leão” no cliente, que foi levado para a delegacia depois. Por meio de nota, a assessoria de comunicação da PM disse que “houve a necessidade de empregar a força proporcional para fazer cumprir a ordem legal exarada, mesmo após diversas tentativas de conduzi-lo sem o emprego da força”.

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