A Igreja Católica, abalada pelos sucessivos escândalos de pedofilia dos últimos anos, enfrenta uma nova – e talvez mais profunda – crise: os casos das freiras abusadas dentro de congregações.
Esta semana, dentro dos muros sagrados, começa uma discussão fundamental para o futuro da igreja. E também para o presente. Como acabar com a pedofilia do clero?
O silêncio de décadas, ou séculos, foi rompido no ano 2000, quando o papa João Paulo II decretou tolerância zero. Os abusos continuaram a ser denunciados, principalmente sobre proteção e o silêncio de bispos.
O papa Bento XVI passou a selecionar com mais rigor a entrada dos jovens padres à igreja e afastou muitos religiosos.
O papa Francisco foi o primeiro pontífice a ver a questão como abuso de poder. No começo de fevereiro, ele admitiu outra grave acusação: os abusos sexuais contra freiras. O papa voltava dos Emirados Árabes e, no avião, ao responder a pergunta de um jornalista, declarou: “É verdade que dentro da igreja ha clérigos que fizeram isso. Eu acho que ainda fazem. A Santa Sé está trabalhando faz tempo pra combater esse problema e há toda a vontade de continuar esta luta”. G1
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