por Catia Seabra e Marina Dias | Folhapress
Foto: Reprodução / Montagem / EBC
O candidato do PT ao Planalto, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (18) que é preciso prender pelo menos um dos empresários que compraram pacotes de disparos em massa de mensagens contra o PT no WhatsApp para que toda a "quadrilha" apareça.
"O importante agora é prender os empresários do caixa dois que financiaram o [Jair] Bolsonaro numa campanha de difamação", disse o petista. "Basta prender um empresário, que vai ter delação premiada e vão entregar a quadrilha toda", completou antes de participar de um evento com uma frente em defesa dos animais, em São Paulo.
Haddad fazia referência à reportagem da Folha de S.Paulo desta quinta, que revelou que empresas compraram pacotes de disparos em massa de mensagens contra o PT no WhatsApp, e disse que isso comprova que houve "montagem de organização criminosa de empresários via caixa dois" para promover uma campanha para difamá-lo.
"Nós estamos falando aí de 20 a 30 empresários envolvidos nesse esquema. Se prender um, em menos de dez dias a gente vai ter a relação de todos os empresários que estão financiando com caixa dois uma campanha difamatória. A democracia que está em jogo", disse Haddad.
Para o petista, as informações são "o suficiente para mandar prender quem comprovadamente contratou serviços ilegalmente" para difamar uma candidatura. Após a publicação da reportagem, o presidente do PDT, Carlos Lupi, diz que o partido vai entrar com uma ação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para questionar o resultado do primeiro turno da eleição, alegando "fraude eleitoral".
Haddad, por sua vez, disse que o segundo turno precisa entre ele e Ciro Gomes, que ficou em terceiro lugar na primeira etapa da disputa presidencial.
"O PDT tem o direito de pedir o que quiser. Depois de uma tentativa de fraude dessa, é um absurdo. Agora, eu acho que o segundo turno tem que se dar entre mim e o Ciro. Isso que é o correto, que é o que a legislação prevê porque ele tentou fraudar a eleição", declarou o petista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário