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quinta-feira, 11 de outubro de 2018

O que se sabe sobre o caso da suástica marcada em mulher de Porto Alegre

Felipe Souza, Ingrid Fagundez e Matheus Magenta - Da BBC News Brasil em São Paulo
Reprodução/Facebook

A imagem de uma mulher com um desenho riscado em sua pele foi compartilhada à exaustão em grupos de Whatsapp, Facebook e no Twitter nesta quarta-feira. Trata-se de uma moradora de Porto Alegre que disse ter sido abordada e agredida por três homens por causa de uma camiseta com a frase "Ele não" que ela usava - a referência é ao movimento de mulheres contra o candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL).

De acordo com a garota, que não teve seu nome revelado por questões de segurança, o grupo a atingiu com socos e usou um canivete para desenhar uma suástica em sua barriga.

O delegado titular da 1ª Delegacia de Porto Alegre, Paulo Jardim, diz que os autores da agressão ainda não foram identificados e o desenho não é um símbolo extremista.

"Eu fui olhar o desenho que fizeram na barriga dela. É um símbolo budista, de harmonia, de amor, de paz e de fraternidade. Se tu fores pesquisar no Google, tu vai ver que existe um símbolo budista ali. Essa é a informação", afirmou em entrevista à BBC News Brasil.

Responsável pelas investigações do caso, Jardim afirmou que a menina relatou ter sido agredida no início da noite de segunda-feira por três rapazes após descer de um ônibus. "O termo que ela usou foi que riscaram a barriga dela com um canivete e agrediram ela com socos. Ela estava usando uma camisa do 'Ele não'", resumiu o delegado.

Ele criticou a cobertura da imprensa sobre o caso e disse que veículos de comunicação estão "forçando uma barra, insinuando mil e uma situações que não é nada que tem nos autos".

Zalmir Chwartzman, presidente da Federação Israelita do Rio Grande do Sul, não quis comentar as declarações do delegado. "Temos que ter prudência e aguardar as investigações. A insanidade que tomou conta do país é assustadora. Cabe neste momento uma manifestação dos dois candidatos pedindo paz no Brasil. Há gente que faz loucura em nome de Deus, Alá, Moisés, Lula, Bolsonaro, mas o Brasil é maior que as pessoas e os partidos." Leia mais em https://noticias.bol.uol.com.br

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