Foto: Reprodução / Blog Cidadania
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) divulgou carta nesta quarta-feira (24) em que pede a união dos democratas em torno da candidatura de seu afilhado político, Fernando Haddad (PT). No texto, publicado no site do PT a quatro dias do segundo turno, Lula diz que "o desespero" não pode levar o Brasil a uma "aventura fascista".
Na carta, Lula não cita nominalmente Jair Bolsonaro (PSL) como o foco do que chama de “ameaça fascista”, mas faz um pedido aos atores políticos do "campo democrático" para se unirem em torno do adversário do capitão da reserva.
"Se há divergências entre nós, vamos enfrentá-las por meio do debate, do argumento, do voto. Não temos o direito de abandonar o pacto social da Constituição de 1988. Não podemos deixar que o desespero leve o Brasil na direção de uma aventura fascista, como já vimos acontecer em outros países ao longo da história", escreveu.
Lula afirmou ainda que a reta final do segundo turno, na qual Bolsonaro lidera as pesquisas com vantagem de pelo menos 14 pontos sobre Haddad (veja aqui), segundo pesquisa Ibope desta terça (23), aponta para a "ameaça de um enorme retrocesso" e que é preciso se unir para tentar vencer o capitão reformado.
"É o momento de unir o povo, os democratas, todos e todas em torno da candidatura de Fernando Haddad, para retomar o projeto de desenvolvimento com inclusão social e defender a opção do Brasil pela democracia", disse o petista, que completou pedindo voto para Haddad.
Também no texto, o ex-presidente faz uma espécie de reflexão sobre o sentimento antipetista que impulsionou a candidatura de Bolsonaro neste ano. "Minha maior preocupação é com o sofrimento do povo, que só vai aumentar se o candidato dos poderosos e dos endinheirados for eleito. Mas fico pensando, todos os dias: por que tanto ódio contra o PT?", questionou Lula.
“Será que nos odeiam porque tiramos 36 milhões de pessoas da miséria e levamos mais de 40 milhões à classe média? Porque tiramos o Brasil do Mapa da Fome? Porque criamos 20 milhões de empregos com carteira assinada, em 12 anos, e elevamos o valor do salário mínimo em 74%? Será que nos odeiam porque fortalecemos o SUS, criamos as UPAS e o SAMU que salvam milhares de vidas todos os dias?", completou.
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