Juiz Felipe Keunecke de Oliveira conduz mais de 60 processos de homicídios envolvendo integrantes da organização criminosa Ronaldo Bernardi / Agencia RBS
Três advogados estão no centro de uma investigação envolvendo uma organização criminosa que atua no Estado. Inicialmente responsáveis pela defesa de líderes da facção Bala na Cara, eles passaram a ser considerados por autoridades como integrantes ativos do grupo, e se tornaram alvos da Operação Gângster.
Um dos advogados teria repassado à quadrilha informações pessoais e da rotina do juiz Felipe Keunecke de Oliveira,que conduz mais de 60 processos de homicídios envolvendo integrantes da organização criminosa. O plano seria matar o magistrado nas dependências de um clube social ou durante jogo na Arena do Grêmio.
Keunecke está sob proteção 24 horas e autorizou a divulgação de seu nome. Quando soube do plano, articulado com a ajuda de um advogado, desabafou:
— Sinto como deslealdade. Em todas as profissões, há maus profissionais. Esse é um mau e criminoso.
Os advogados teriam vazado nomes e endereços de testemunhas de processos para que sofressem coação, revelado a identidade de policiais que prestariam depoimento para que fossem ameaçados de morte e participado do leva e traz de informações sobre negócios do tráfico com bandidos presos ou foragidos e até planejado homicídios.
O principal advogado investigado, Anderson Figueira da Roza, é definido em denúncia do Ministério Público como “líder da célula jurídica de uma organização criminosa”. Além dele, foram investigados e denunciados por organização criminosa os advogados Anderson Rembowski e Anderson da Cruz. Por ordem judicial, os três foram afastados das funções e estão com os registros junto à OAB suspensos. LEIA TUDO AQUI
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