Fotos: Yasmin Pontual/TV Gazeta
No Sertão de Alagoas, falta de tudo, inclusive água para as atividades mais básicas do dia a dia. Por isso, os sertanejos têm adotado medidas extremas para enfrentar uma das piores secas da história: a plantação é regada com a água reaproveitada da lavagem das roupas e os animais estão bebendo da água salgada que restou nos açudes da região. Água potável só por meio da Operação Carro-Pipa, do Exército, que passa duas vezes por mês. O consumo médio em diversas regiões do estado é de 14 litros de água por pessoa, quantidade abaixo do que recomenda a Organização Mundial de Saúde, que é de 20 litros por pessoa. A falta de água gerou prejuízos para agricultores de todas as regiões. As perdas na plantação, de janeiro à setembro, chegam a 70% em todo o estado, segundo uma estimativa da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), que ainda não tem um cálculo fechado dos prejuízos financeiros.
Alagoas está no segundo decreto de emergência, neste ano, por causa da seca. A situação faz o Ministério da Integração Nacional investir cerca de R$ 2,3 milhões por mês no abastecimento de água potável nas zonas rurais, mas a ajuda é insuficiente. O Ministério afirma que o recurso é complementar às ações dos Estados e Municípios, mas, segundo os moradores, essa é a única ajuda disponível para a região. De acordo com o G1, a Defesa Civil disse que solicitou ao Governo Federal R$ 11 milhões para contratar pipeiros que auxiliem no abastecimento do Agreste e do Sertão. Deste valor, R$ 5 milhões já estão disponíveis. Além disso, o governo do estado também vai investir R$ 3 milhões no consumo humano de água. As ações devem ter início em até 30 dias.
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