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quarta-feira, 9 de maio de 2018

República Democrática do Congo confirma 17 mortos por ebola e diz viver nova epidemia

Kinshasa**AFP
Surtos de ebola aterrorizaram países como a Libéria entre 2014 e 106

A República Democrática do Congo "enfrenta uma nova epidemia de Ebola", que já matou 17 pessoas na província de Equateur (noroeste), informou nesta terça-feira o Ministério da Saúde.

"Vinte e um casos de febre com sinais hemorrágicos e 17 mortes", uma taxa de letalidade de 80%, foram notificados ao Ministério da Saúde em 3 de maio, indicou em um comunicado, referindo-se a "uma emergência de saúde pública internacional".

"O plano de resposta adotado pelo Ministério da Saúde foi aprovado pelo governo", indicou um relatório do Conselho de Ministros encaminhado à AFP.

"Desde a notificação dos casos em 3 de maio, nenhuma morte foi relatada", aponta o comunicado do ministério, sem especificar a data de início da epidemia.

Uma equipe do Ministério da Saúde, apoiada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelos Médicos Sem Fronteiras, visitou a cidade de Bikoro, epicentro da epidemia.

"Nossa maior prioridade é ir a Bikoro para trabalhar com o governo da República Democrática do Congo e parceiros para reduzir a perda de vidas e sofrimento associados a este novo surto de ebola", indicou o Dr. Peter Salama, diretor-geral adjunto da OMS em um comunicado.

A epidemia na RDC é o nono surto de Ebola desde a descoberta deste vírus em seu solo, em 1976.

A doença foi detectada em uma área de floresta equatorial, na fronteira com o Congo-Brazzaville, e localizada a cerca de 600 km a noroeste de Kinshasa.

"Cinco amostras de casos suspeitos foram enviados para análise no Instituto Nacional de Pesquisas Biológicas (INRB) de Kinshasa em 6 de maio. Dois deram positivos", afirmou o ministério em seu comunicado.

A última epidemia de Ebola na RDC remonta a 2017. Rapidamente controlada, matou oficialmente quatro pessoas.

Uma terrível epidemia atingiu a África Ocidental entre o final de 2013 e 2016, causando mais de 11.300 mortes em cerca de 29.000 casos, mais de 99% na Guiné, na Libéria e em Serra Leoa. https://noticias.bol.uol.com.br

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