Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil
Testemunha de defesa do ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB), o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB), prestou depoimento na manhã desta-terça-feira (6). Por meio de videoconferência à 10ª Vara Federal, de Brasília, Padilha negou que tenha interferido na negociação da delação premiada de Lúcio Bolonha Funaro. Segundo informações do UOL, ele revelou que conhece Geddel há mais de 20 anos. "Geddel era um dos dirigentes do PMDB. Estávamos cuidando do partido nacionalmente, nada mais do que isso. (...) Conheço [Geddel] desde 1995 quando cheguei a Brasília. (...) Sempre tive nele uma pessoa correta, alguém que cumpria com suas obrigações", declarou em defesa do correligionário. As investigações apontam que Geddel teria tentado atrapalhar a delação de Funaro, conhecido como operador de propinas do PMDB, sondando a esposa do doleiro para saber o estágio em que estavam as negociações (lembre aqui). De acordo com a publicação, Padilha também negou que em qualquer momento tenha discutido a prisão de Funaro com Geddel. "Não, absolutamente não", respondeu, afirmando que só soube da detenção através da imprensa. Segundo Padilha, o assunto também não foi discutido com o presidente Michel Temer (PMDB) e pontua que a suspeita de que alguém do Planalto teria oferecido vantagens ilícitas a Funaro é "assunto completamente estranho". Quanto aos questionamentos se sabia de uma pressão para Funaro delatar ou se sabia quando o delator falaria com o Ministério Público, o ministro disse ter ficado "absolutamente indiferente". Na audiência realizada hoje, o juiz Vallisney de Souza Oliveira determinou o prazo de cinco dias para o MPF e a defesa apresentaram as alegações finais do processo. A sentença deve ser proferida em até 15 dias (saiba mais aqui).
Nenhum comentário:
Postar um comentário