Foto: Marcos Corrêa / PR
O pedido para afastar Fernando Segovia do posto de diretor-geral da Polícia Federal (PF) foi negado pela Justiça em Brasília. A petição foi feita por meio de uma ação popular, apresentada pelo senador Randolfe Rodriges (Rede-AP), após Segovia conceder uma entrevista à imprensa com declarações sobre o inquérito do porto de Santos. Para o juiz Ed Lyra Leal, da 22ª Vara Cível, as afirmações do diretor-geral não foram suficientes para justificar o afastamento, além de que o caso abordado na entrevista está sendo conduzido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso. "Conquanto se noticie nos autos comportamento inadequado do agente público corréu, tal conduta não se qualifica de gravidade suficiente a justificar a suspensão pretendida, uma vez que ausente demonstração de ato concreto ou mesmo de intenção de interferência na investigação preliminar", argumentou o juiz na decisão proferida na noite dessa segunda-feira (26), segundo informações da Agência Brasil. Na entrevista em questão, Segovia disse que os indícios do inquérito "são muito frágeis" e que "poderia até concluir que não houve crime" – o presidente Michel Temer (MDB) e outros são acusados de irregularidades nas licitações do setor portuário (saiba mais aqui). Diante da repercussão negativa da entrevista, o diretor-geral declarou ao ministro Barros que não teve intenção de "interferir, antecipar conclusões ou induzir o arquivamento" do processo. Ainda assim, também na segunda, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao ministro que Segovia seja impedido de interferir no inquérito (veja aqui).
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