Foto: Reprodução / TV TEM
A Justiça determinou o pagamento de R$ 300 mil por danos morais a Adriana Isis Tarquini, 12 anos depois dela ficar tetraplégica por conta de complicações durante uma cirurgia de lipoaspiração abdominal com enxerto de gordura nos glúteos em Sorocaba, São Paulo. A paciente, que na época da cirurgia tinha 24 anos, também ganhou na Justiça um processo por danos materiais da Clínica Futura, onde o procedimento foi realizado. De acordo com o processo do Tribunal do Estado de São Paulo, a paciente teve uma parada cardiorrespiratória e um quadro de embolia pulmonar durante o procedimento estético, porém, só obteve atendimento médico uma hora após a emergência. Nesses casos, a recomendação é o atendimento em, no máximo, três minutos. A empresa e a médica responsável Karina Garcia Assuiti, deverão pagar as despesas referentes ao tratamento de saúde da paciente e uma pensão de três salários mínimos vitalícios. A mãe de Adriana, Denise Tarquini, diz sentir um misto de sentimentos. “No primeiro momento senti certa alegria por finalmente haver justiça, mas depois, tristeza porque nenhum valor vai cobrir minha dor”. O advogado da vítima comemorou a decisão judicial ao portal G1. "Mais do que uma vitória para ela, é um alerta para todas as pessoas que se submetem a uma cirurgia achando que é um procedimento simples, quando na realidade é um risco considerado médio ou alto", diz. Os condenados têm 15 dias para recorrer da decisão e, caso não recorram, eles têm um prazo de mais 15 dias para o pagamento do valor estipulado. A médica Karina Garcia Assuiti, mas ela não quis se manifestar. A Clínica Futura informou que vai recorrer da decisão do Tribunal de Justiça. Adriana, hoje com 35 anos, passa os dias em uma cama em sua casa na zona norte da cidade e conta com os cuidados da mãe e cuidadoras. "Da sobrancelha para baixo, minha filha é totalmente dependente", diz a mãe. BN
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