José Maria Tomazela, esnviado especial*Matão
O assunto parece ser tão incômodo que os moradores de Matão, no interior de São Paulo, estão divididos entre os que falam e os que não falam sobre o escândalo que envolve o padre Edson Maurício, de 50 anos, da paróquia de Santo Expedito. Filmado em relação homossexual com um ex-detento de 32 anos, que tentou extorqui-lo, o padre virou pivô do assassinato de um policial militar e acabou suspenso das Ordens da Igreja Católica.
Na cidade de cerca de 82 mil pessoas, em que 56 mil se declararam católicos no Censo Demográfico de 2010, padre Edson, procurado pela reportagem e por fiéis na sua residência e na de familiares, desapareceu de cena - e deixou os colaboradores mais próximos em um silêncio constrangedor. "Nada a dizer sobre isso. Só quem pode falar é a diocese", avisa a secretária da Igreja de Santo Expedito, que se identificou apenas como Lizete.
E teve de falar. Na quinta-feira, 22, o bispo da Diocese de São Carlos, d. Paulo Cezar Costa, invocou o Código de Direito Canônico - a Constituição da Igreja Católica - para decretar a suspensão do padre. A punição levou em consideração o "atentado contra o sexto mandamento do Decálogo", que diz respeito à castidade do sacerdote, com escândalo público.
Como consequência, as próximas missas das 10 e 19 horas de domingo no templo, que fica no bairro Benassi, de classe média alta de Matão, serão oficiadas por outro sacerdote. O prédio estava às moscas na tarde desta sexta-feira, 23. As últimas celebrações com bom público foram as do domingo anterior, presididas por Edson Maurício, e ocorreram às vésperas do escândalo que ganhou os celulares dos matonenses. Leia mais em: https://noticias.bol.uol.com.br
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