João Amoedo, na Folha de S. Paulo
A reforma política em curso tem um único objetivo: perpetuar no poder, e com direito a foro privilegiado, os principais caciques políticos.
Na proposta, instituiu-se mais um fundo para os partidos. O valor, além de exorbitante, é um acinte para um país que tem um rombo gigantesco nas suas contas e péssimos serviços públicos.
A divisão desses recursos –baseada no resultado das eleições passadas, ou seja, nas escolhas que fizemos em 2014, antes de termos conhecimento de todas as falcatruas denunciadas pela Lava Jato– é outro absurdo. É nesse cenário que os quatro partidos mais envolvidos nas investigações, PT PMDB, PSDB e PP, receberão cerca de R$ 1,5 bilhão, mais de 40% do valor total do fundo.
O sistema de votação, apelidado, cinicamente, de “distritão” é aplicado apenas no Afeganistão, Jordânia e algumas ilhas do Pacifico. Isso diz tudo sobre a sua eficácia.
As expressões utilizadas são um engodo na tentativa de enganar o cidadão: “FFD – Fundo de Financiamento Para a Democracia”, que nada tem de democrático, e “distritão” que nada tem do sistema distrital. CONTINUE LENDO
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