Pelo que temos assistido nos últimos dias, está claramente configurado que há uma grande diferença entre pobres e ricos quando o assunto é decisão da Justiça. Quando um pobre é condenado, ele vai cumprir sua pena, esteja certa ou não a decisão, uma vez que ele não tem a quem recorrer. Cai por terra o dispositivo constitucional que quase todos os cidadãos sabem de cor: “Todos são iguais perante a Lei”. Entretanto, quando o réu e rico e é condenado mesmo de forma correta, há advogados que cobram muito bem por seus honorários que conhecem as brechas das leis e em pouco tempo seu cliente na pior das hipóteses sai do xadrez e vai cumprir sua pena em prisão domiciliar ou em regime semiaberto. Quando o assunto envolve dinheiro, aí é que os advogados deitam e rolam. Recentemente o juiz Sérgio Moro afirmou: “O processo funciona quando o inocente vai para casa e o culpado vai para a prisão. Se isso não ocorre, é uma farsa”. Para o comandante da Operação Lava-Jato, basta que se diminuam as brechas do sistema e os recursos que têm por objetivo protelar aq tramitação dos processos que muitas vezes alcançam a prescrição dos crimes cometidos. Infelizmente, quem possui o poder de tomar tais decisões tem interesses diretos e não tomarão qualquer iniciativa neste sentido. E ainda aparece em cena o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes fazendo de tudo para que o Supremo derrube sua própria decisão estabelecendo a prisão de condenados após confirmação em segunda instância, daí a série de liminares determinando a soltura de criminosos condenados, mas que têm com ele algum tipo de ligação. Já passou da hora de a presidente do STF, ministra Cármem Lúcia, ou determinar o afastamento de Gilmar Mendes dos processos com os quais tenha ligações com os réus, conforme solicitou a procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ou levar o assunto para uma decisão imediata do plenário da Corte. O povo exige uma decisão rápida, deixando bem claro do “Soltador-geral da República” que chegou o momento de que não pode continuar desmoralizando a Justiça da qual ele deveria ser um dos primeiros a respeitar e preservar.
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