O plenário do Congresso aprovou na madrugada de hoje o texto-base da proposta de revisão da meta fiscal para 2017 e 2018. O que significa que o governo ampliou a previsão do rombo deste e do próximo ano para R$ 159 bilhões, mudando o previsto de um deficit de R$ 139 bilhões em 2017 e R$ 129 bilhões no ano seguinte.
Na tentativa de derrotar a proposta, a oposição chegou a pedir mais de uma vez a verificação de presença dos parlamentares, alegando que não tinha número suficiente para votação. O que o governo fez? Mandou buscar os senadores João Alberto Souza (PMDB-MA) e Rose de Freitas (PMDB-ES) em casa e garantiu o número suficiente de presentes para apreciar o texto.
Porém, cinco destaques, mudanças no texto feitos pela oposição, não foram votados. Às 3h37 a sessão foi interrompida por ausência de quórum. Era necessária a presença de pelo menos 257 deputados na Casa para concluir as votações. Contudo, apenas 219 estavam na sessão neste horário.
O presidente do Congresso, Eunício Oliveira ainda tentou, rir mais de 50 minutos, esperar a chegada de deputados, mas decidiu encerrar os trabalhos.
Eunício tentou minimizar a derrota do governo e afirmou que “a meta já está aprovada”. Apesar de o texto base ter sido aprovado, a revisão só terá validade quando todas as emendas forem apreciadas.
Para não tratar o feito como derrota do governo, Romero Jucá explicou: “Não foi uma derrota. Foi uma derrota para o cansaço porque alguns deputados, 38 deputados, não conseguiram chegar. Faz parte do jogo, foi uma obstrução legítima. Não podemos tirar o mérito da oposição, mas não é nada que crie qualquer problema para o governo”. http://www.fabiocampana.com.br
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