Foto: Cláudia Cardozo/ Bahia Notícias
A promotora de Justiça Marisa Jansen, do Ministério Público da Bahia (MP-BA), autora da denúncia contra a banda New Hit por estupro, afirmou que vai analisar a possibilidade de recorrer da absolvição de dois integrantes do grupo. A 2ª Turma da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), na tarde desta terça-feira (29), reduziu a pena de oito integrantes da banda para dez anos de prisão, em regime fechado. Segundo a promotora há provas de participação dos absolvidos, o ex-policial militar Carlos Frederico Santos de Aragão e o segurança particular Jeferson Pinto dos Santos, de participar do crime. Ela destacou que Carlos Frederico foi, inclusive, exonerado da Polícia Militar. Sobre o julgamento, a promotora ressaltou a importância dele para história do combate nacional à violência contra as mulheres. “O caso chamou a atenção das mais diversas autoridades e ampliou a discussão acerca da banalização do sexo mediante violência e da violência sexual contra a mulher. É um caso emblemático porque foi um estupro praticado de modo coletivo contra duas mulheres adolescentes que tiveram a coragem de romper a barreira do silêncio e denunciar os estupradores”, completou. Segundo a denúncia, o estupro coletivo ocorreu dentro do ônibus da banda, para o qual as garotas foram convidadas a entrar pelos artistas após uma sessão de autógrafos e fotos ao final do show do grupo na micareta de Ruy Barbosa. No interior do veículo, as garotas passaram a ser vítimas de abuso e forçadas a praticar sexo com todos os integrantes. A defesa dos condenados ainda deve apresentar embargos de declaração contra a decisão do TJ-BA por manter a pena dos acusados e não decretar a absolvição. BN
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