Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, é do PMDB, partido que por sua vez é da base de Dilma, tendo ninguém menos que o Vice-Presidente. Por mais que existam hostilidades e suposto ar de oposição, a circunstância preponderante é de aliança. Isso é fato. O PMDB obteve muitos de seus votos pelo fato de fazer parte da chapa presidencial; assim como o PT obtém parte de seus votos no Congresso por conta dessa aliança.
O caldo entornou quando os petistas – já numa sequência de desastres de articulação que desembocam hoje na fraqueza extrema da gestão Dilma – resolveram lançar candidato próprio à Presidência da Câmara. Isso revoltou Cunha que se lançou ao cargo e venceu. O resto é história. Mas parece que agora estariam todos encontrando os termos da paz.
Afinal, os votos petistas podem complicar a vida de Cunha no Conselho de Ética – e a decisão do Presidente da Câmara de votar o impeachment pode complicar a vida da Dilma – e do PT – na Presidência da República. Desse modo, podemos imaginar a cara da militância trezeconfirma na hipótese de rolar esse acordo. Os que até ontem diziam "Fora, Cunha" inventarão algum outro inimigo – que, por sua vez, será "inimigo" até o momento de fazer eventual aliança com o partidão. Daí em diante, vira amigo do peito. Nossa torcida, porém, é a de que todo mundo continue inimigo: governo, Cunha, oposição etc. Porque a "paz", nesse caso, significa que acordos pouco louváveis seriam feitos. Então, que siga a "guerra". Fora que, pelo andar da carruagem, um acordo assim não pararia em pé. Por mais que muita gente esteja interessada nisso, está cada vez mais difícil controlar a opinião pública. Fonte:Blog do Implicante
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