Do R7-Vítima, que prefere não ser identifica, conta que ficou traumatizada Reprodução/TV Record Brasília
A Polícia do Distrito Federal prendeu um homem que confessou estuprar pelo menos seis adolescentes e jovens de Planaltina (DF). Para fazer suas vítimas, ele se passava por agenciador de emprego. Depois de cometer o crime, ele guardava as calcinhas das vítimas para fazer coleção. No momento em que confessou os estupros, ele disse estar arrependido e pediu à polícia para não ser preso, apenas pagar cesta básica para as meninas.
Uma das vítimas, que prefere não ser identificada, conta que está traumatizada e mal consegue sair na rua.
— Eu criei trauma, acho que agora não confio em mais ninguém.
O suspeito de cometer os estupros se chama Luiz Paulo Pereira da Silva, de 26 anos. Ele está preso em Planaltina, onde teria feito suas vítimas, todas entre 14 e 18 anos. Até o momento, três delas reconheceram Luiz Paulo como o autor do crime. A delegada Jane Klebia conta que a polícia conseguiu prender o homem depois que uma vítima alertou que no local em que passaram, havia câmeras de segurança.
— Nós tínhamos duas ocorrências anteriores registradas e domingo foi feita uma terceira ocorrência, da mesma forma de fazer. Nós intensificamos as buscas para tentar identificar o autor depois que uma das vítimas falou que no local em que eles passaram para comprar alguma coisa teria câmeras. Então, nós conseguimos pegar essas imagens e conseguimos identificá-lo com mais facilidade.
De acordo com a delegada, Luiz Paulo tem passagem por roubo. Ele é casado e a mulher está grávida do primeiro filho do casal. O suspeito trabalhava como caseiro em uma chácara na Regiao Rural de Planaltina, onde prometia emprego às vítimas.
— Ele saia procurando meninas interessadas em trabalhar em um supermercado. Ele perguntou se eu não queria e, até então, não tinha como desconfiar dele porque ele é muito calmo e te convence só na lábia.
Outra vítima conta que o suposto estuprador chegou a falar com o seu pai sobre a proposta de emprego.
— Meu pai me deixou lá no postinho para que ele fizesse a entrevista. Ele me perguntou se eu queria ficar com ele, eu neguei e ele partiu para a violência.
As vítimas contam que Luiz Paulo as levava para um matagal próximo, na Região da Rajadinha, onde ele permanecia por horas com as garotas - durante todo o tempo, elas eram ameaçadas de morte.
— A ameaça dele era a seguinte: ou você faz o que eu quero ou você pode escolher com qual arma você quer morrer. Ele dizia que tinha porte, eu não sei se tinha, mas essa era a ameaça dele. Todo calmo, como se não tivesse acontecendo nada.
As calcinhas que Luiz Paulo colecionava foram encontradas em seu carro pela polícia. Na delegacia, ele admitiu os crimes e disse estar arrependido.
— No carro tinha muitas peças femininas, inclusive calcinhas. Segundo ele mesmo, ele guardava calcinhas dessas vítimas e tem fotos no celular. Então, o celular dele vai ser periciado para identificar outras vítimas a partir dessas fotos. Ele conta tudo sem o menor constrangimento, relata todas as práticas e pede para pagar cesta básica, não quer ser preso — diz a delegada.
Luiz Paulo vai responder por estupro e pode pegar de 8 a 12 anos de prisão por cada estupro.
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