Kamilah Brock garante que a polícia de Nova Iorque a enviou para um hospital psiquiátrico por não acreditar que ela fosse bancária e proprietária de um carro da marca BMW. E mais. A mulher disse às autoridades que o presidente Barack Obama a seguia no Twitter, mas os polícias também não acreditaram.
A mulher de 32 anos esteve internada durante oito dias, nos quais lhe foram administrados poderosos medicamentos para a deixarem num estado de apatia.
A vítima contou a sua história na última quinta-feira numa entrevista ao PIX11. “Foi um pesadelo”, disse.
Tudo aconteceu a 12 de setembro. Kamilah estava parada num semáforo com a música alta e a dançar, esvoaçando as mãos ao ritmo da música. Um agente da polícia parou ao seu lado e lhe perguntou porque não tinha as mãos no volante.
“Eu disse que estava dançando porque estava parada no semáforo”, contou a mulher, acrescentando que o polícia lhe pediu para sair da viatura.
Kamilah foi então levada para a delegacia, tendo sido liberada algumas horas depois sem qualquer acusação. Os polícias lhe disseram para voltar no dia seguinte para que pudesse levar o carro, um BMW 325Ci.
“Quando me disseram para voltar no dia seguinte eu senti que a partir do momento em que disse que era a proprietária do BMW fui vista como uma mentirosa”, referiu.
No dia seguinte Kamilah voltou à delegacia e lhe disseram que tinham de a algemar para a levar até à sua viatura, mas entretanto apareceu uma ambulância.
“Vão me levar ao meu carro numa ambulância? Numa ambulância?”, questionou naquele momento.
A mulher foi mesmo transportada pela ambulância, mas não até ao seu carro. Kamilah foi levada para o Harlem Hospital onde, de acordo o seu advogado, foram-lhe injetados poderosos sedativos, tendo sido ainda obrigada a tomar várias doses de lítio.
De acordo com os relatórios médicos a que o advogado teve acesso, os clínicos tentaram, por três vezes, que Kamilah negasse ser proprietária do BMW, bancária e que tivesse Barack Obama como seu seguidor no Twitter.
Ao fim de oito dias, a mulher foi então liberada e com uma conta de 13 mil dólares (cerca de R$ 50 mil)
Kamilah está agora processando as autoridades que a internaram sem qualquer motivo, até porque não existe historial de doenças mentais na sua família.
“Se ela fosse branca, isto não teria acontecido”, garantiu o advogado ao Huffington Post. Fonte: Com informações de Notícias ao minuto
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