Um mês após renunciar ao cargo, Alexis Tsipras será novamente empossado primeiro-ministro com vitória do Syriza*AP - 20.09.2015
Alexis Tsipras discursa após confirmação da vitória de seu partido nas eleições, neste domingo (20)
O partido de esquerda Syriza foi o vencedor das eleições gregas, realizadas neste domingo (20). Com isso, Alexis Tsipras voltará ao cargo de primeiro-ministro do país, um mês após ter renunciado ao cargo, atitude tomada devido ao fracasso em impor suas demandas nas negociações de resgate econômico.
Em sua página no Twitter, Tsipras agradeceu seus eleitores e afirmou que a vitória no pleito é do povo e pertence às classes trabalhadoras. "A Grécia e o povo grego são, hoje, sinônimo de perserverança", escreveu ele.
Antes mesmo da confirmação do resultado, com os números prévios das pesquisas de boca de urna, o líder do partido conservador Nova Democracia, Vangelis Meimarakis, parabenizou Tsipras pela vitória. Descontentes com seus políticos, muitos gregos decidiram não votar – cerca de 45% da população votante não compareceu às urnas.
Apesar da conquista, a sigla deve ter dificuldades em ter maioria no Parlamento e formar um governo, já que a margem de votos sobre os adversários foi muito pequena. Segundo as primeiras informações divulgadas pela emissora pública "ERT", o Syriza tem entre 30% e 34% dos votos contra 28,5% a 32,5% do partido conservador Nova Democracia, em um pleito que contou com baixa participação popular. Porém, um dos dados que mais chamaram a atenção foi o crescimento do partido neonazista Liga Popular, que conquistou entre 6,5% a 8% dos votos dos gregos.
As novas eleições foram convocadas após Tsipras renunciar ao cargo, em agosto, como forma de pedir aos cidadãos do país se o governo estava "no caminho certo". A renúncia ocorreu poucos dias após o governo de Atenas assinar um novo pacote de ajuda financeira com os credores europeus, no valor de 85 bilhões de euros. Em entrevista durante a campanha eleitoral, o líder do Syriza destacou que se sua legenda ganhasse, ela faria um governo de quatro anos e que este seria "estável".
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