Segundo depoimento do ex-gerente-geral da área Internacional da Petrobrás e novo delator da Lava Jato, Eduardo Vaz Costa Musa, “quem dava a palavra final” em relação às indicações para a Diretoria Internacional da Petrobrás era o presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Eduardo Musa afirmou à Força Tarefa da Operação Lava Jato que ouvido que “quem dava a palavra final” era de Eduardo Cunha.
O delator informou que João Augusto Henriques, apontado como lobista do PMDB junto a Petrobras e que fora preso nesta segunda-feira (21/09), lhe revelou como todo esquema era feito.
“João Augusto Henriques disse ao declarante que conseguiu emplacar Jorge Luiz Zelada para diretor internacional da Petrobrás com o apoio do PMDB de Minas Gerais, mas quem dava a palavra final era o deputado federal Eduardo Cunha, do PMDB-RJ”, disse.
Eduardo Cunha sobre pressão – Agora já são dois delatores que estão mencionando o presidente da Câmara dos Deputados com à Diretoria Internacional da Petrobrás e relacionado a propinas e ‘cota’ do PMDB. www.netcina.com.br
Até o momento, a delação mais contundente é a de Júlio Camargo que afirmou ter sofrido intimidação pessoal por parte de Eduardo Cunha que exigia o pagamento de propina no valor de US$ 5 milhões [de dólares] referentes a dois contratos de navio-sonda da Petrobrás com uma empresa representada por Camargo.
Eduardo Cunha já foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República por corrupção e lavagem de dinheiro que ingressou com o processo no Supremo Tribunal Federal.
Sobre Eduardo Musa, ex-gerente da Petrobras, e João Augusto Henriques pesa a acusação de movimentares propinas no valor de US$ 31 milhões [de dólares] no esquema da Petrobras. O ex-gerente da Petrobras disse ter tomado conhecimento do esquema de propinas na Petrobrás em 2006 e disse que João Augusto Henriques atuava em outros setores, além da Diretoria Internacional da Petrobrás.
Com a prisão de João Augusto Henriques, o PMDB já tem dois suspeitos e apontado de serem lobistas do partido que atuaram na Lava Jato. Em novembro de 2014, Fernando “Baiano” Soares foi detido após ser apontado como lobista do PMDB. Ele está colaborando com as investigações.
Tanto a assessoria do PMDB como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) negam todas as acusações de envolvimento no esquema da Lava Jato. www.netcina.com.br
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