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domingo, 13 de setembro de 2015

Demitida por projeção sobre Dilma, analista do Santander ganha indenização de R$ 450 mil

Foto: Reprodução
A analista Sinara Polycarpo deve receber R$ 450 mil por danos morais por ter sido demitida do Santander por envolvimento na carta que alertava clientes do banco sobre eventuais riscos da reeleição da presidente Dilma Rousseff. O documento enviado afirmava que "se a presidente se estabilizar ou voltar a subir nas pesquisas, um cenário de reversão pode surgir. O câmbio voltaria a se desvalorizar, juros longos retomariam alta e o índice da Bovespa cairia, revertendo parte das altas crescentes". Na época, o banco se desculpou oficialmente sobre o acontecido e até o ex-presidente Lula se pronunciou ao afirmar que a pessoa responsável pelo texto enviado a clientes da instituição "não entende porra nenhuma de Brasil". Apesar de as projeções se confirmarem, a juíza Lúcia Toledo Rodrigues, do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, disse não ter considerado o conteúdo da carta na decisão. Na ação, a analista alegou que “sua dispensa, formalizada como sem justa causa, decorreu de ‘odioso ato de perseguição política’, cujo fato tornou-se de conhecimento público, pois amplamente noticiado em todos os meios de comunicação”. O Santander, por sua vez, a acusou de “oportunismo ao ingressar com a presente reclamação e alegando que a dispensa não teve cunho político, pois foi ato meramente jurídico”. Na decisão, a magistrada considerou que não houve dispensa discriminatória nem ilegal, já que a empresa tinha direito demiti-la. “Contudo, mesmo sendo legítimo o ato jurídico de dispensa sem justa causa, o empregador, nos termos dos artigos 113 e 422 do Código Civil, não se exime da obrigação de agir com boa-fé e de abster-se de expor de forma indevida e abusiva a imagem da empregada com o ato de dispensa”. A juíza considera que “foge da razoabilidade” tentar dissociar a política da economia nos informes sobre investimentos e que a imagem da analista foi prejudicada pelo caso. Procurado pelo InfoMoney, a assessoria de imprensa do Santander não se manifestou. Como a decisão foi tomada em 1ª instância, a empresa ainda pode recorrer. BN

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