Eduardo Schiavoni*Colaboração para o UOL, em Ribeirão Preto (SP) Arquivo Pessoal
SP - Uma estudante de 18 anos foi agredida por três jovens, na noite de terça-feira (22), em frente à escola estadual onde estuda em Piracicaba (SP). Ela apanhou por aproximadamente 20 minutos e chegou a ter tufos de cabelo arrancado durante a agressão, que só terminou depois que ela desmaiou. O motivo da agressão seria o fato de ela ser ex-namorada do atual parceiro de uma das agressoras. O caso é investigado pela Polícia Civil.
A estudante Daiane Fernanda Mizael, a vítima, cursa o terceiro ano do ensino médio e relatou que assim que chegou à Escola Barão do Rio Branco por volta das 19h, hora do início das aulas, e que já era aguardada pelas três jovens, que estavam perto do portão de entrada dos alunos. "Eu estava passando por elas quando senti o primeiro soco. Fui puxada pelo cabelo e elas começaram a me dar socos", conta.
Daiane conta que levou socos, chutes e teve o cabelo arrancado pelas agressoras. Ela relatou ainda que perdeu sangue e que chegou a desmaiar. "Elas me jogaram no chão e bateram sem dó. Em certo momento, apaguei e, quando acordei, elas já tinham ido embora", contou.
Ela afirmou que conhece uma das meninas, que tem 16 anos e estuda na oitava série, período vespertino, da mesma escola. "Há dois anos, eu namorei o atual namorado dela. Acho que ela tem ciúmes, mas isso ficou no passado e não tem sentido eu apanhar porque namorei ele há dois anos", disse.
Arquivo Pessoal
Aluna foi agredida na porta de escola em Piracicaba (SP)
Segundo a vítima, a garota já havia ido até a casa dela, dias antes, quando houve uma briga. "Tivemos uma discussão e ela disse que não ia ficar assim, que ia me pegar", conta.
Daiane afirmou que também conhece as outras duas pessoas que a espancaram. "São primas dela, ambas maiores de idade. Uma tem 19 e outra 22 anos", conta ela, que forneceu os nomes de todas as envolvidas para a polícia.
'Todo mundo me viu apanhando'
Um conhecido de Daiane viu ela desmaiada e a socorreu. Ela foi levada para dentro da escola. Depois, recebeu atendimento médico e registrou um boletim de ocorrência de lesão corporal.
Daiane passou ontem por exame de corpo de delito e a investigação será conduzida DDM (Delegacia de Defesa da Mulher). Procurada, a DDM informou que irá localizar as suspeitas e que as três serão ouvidas sobre o caso.
Daiane passou ontem por exame de corpo de delito e a investigação será conduzida DDM (Delegacia de Defesa da Mulher). Procurada, a DDM informou que irá localizar as suspeitas e que as três serão ouvidas sobre o caso.
Já a Secretaria Estadual de Educação informou que repudia qualquer ato de violência e que acolheu a aluna mesmo tendo a agressão ocorrido fora da escola. A instituição afirmou ainda que todas as medidas cabíveis foram tomadas e que um professor-mediador, especializado em sanar conflitos, está cuidando do caso. A secretaria informou ainda que conta com o apoio da Polícia Militar, que realiza rondas para garantir a segurança no entorno das escolas.
Daiane, por sua vez, questionou a ação da escola, que, na visão dela, teria permitido que a agressão ocorresse. "Todo mundo me viu apanhando, por 20 minutos, e ninguém fez nada. Acho que a escola tinha que ter impedido a agressão, independente de ter sido dentro ou fora dos muros da escola. Ninguém fez nada", disse.
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