Foto: TSE
O vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes solicitou nesta terça-feira (25) que o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) investigue uma empresa que recebeu R$ 1,6 milhão da campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição, em 2014. De acordo com o despacho do ministro, há suspeitas de irregularidades na atividade da empresa Ângela Maria do Nascimento Sorocaba ME. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o pedido de investigação foi motivado por um relatório que Mendes recebeu da Secretaria de Fazenda do Estado de São Paulo com informações sobre a empresa e a Focal Confecção e Comunicação Visual, a segunda maior fornecedora da campanha da atual presidente da República, recebendo R$ 24 milhões. A secretaria da Fazenda de São Paulo reportou ao TSE que a empresa Ângela Maria do Nascimento Sorocaba ME foi criada em agosto de 2014, dois meses antes da eleição, emitindo notas fiscais no valor de R$ 3,683 milhões entre agosto e setembro, sendo que R$ 1,651 milhão em nome de "ELEIÇÃO 2014 DILMA VANA ROUSSEFF PRESIDENTE". No pedido de investigação, Gilmar Mendes afirmou que a empresa “não apresentou registro de entrada de materiais, produtos ou serviços" e que não foi encontrada no endereço. Procurada, a proprietária teria dito que recebeu a orientação de "abrir a empresa para funcionar no período eleitoral" e que o material vinha da empresa Embalac Indústria e Comércio. Na prestação de contas da campanha de Dilma, há registro de 29 notas fiscais referentes a serviços da Angela Maria, como fornecimento de faixas, placas e estandartes, além de despesa de pessoal. O ministro Gilmar Mendes é o relator da prestação de contas de Dilma, aprovada com ressalvas pelo TSE. Mendes investiga possíveis irregularidades na campanha da presidente. BN
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