Foto: Divulgação
A esposa do piloto Marcos Martins, que morreu no acidente que também vitimou o candidato à presidência Eduardo Campos e outras cinco pessoas, escreveu uma carta em que alega que as aeronaves da família Cessna 560 Citation EXCEL (XL, XLS, XLS +) apresentam uma falha de previsão no projeto – que afetam o funcionamento dos estabilizadores horizontais. O documento de 16 páginas foi enviado por Flávia Martins para o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e para a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) no dia 6 de julho, quase um ano após o ocorrido. O jato Cessna de prefixo PR-AFA caiu no dia 13 de agosto de 2014, quando Campos ia em direção a Santos acompanhado do piloto Marcos Martins e o copiloto Geraldo Magela, os fotógrafos Alexandre Severo e Macelo Lyra, jornalista Carlos Percol e o assessor Pedro Valadares. Os sete morreram. Na última coletiva feita pelo Cenipa, em janeiro deste ano, o órgão sinalizou que os pilotos teriam acelerado o avião em direção ao solo. Ao G1, a assessoria do chefe do Cenipa, Brigadeiro Dilton José Schuck, disse que os apontamentos das famílias dos pilotos serão levados em consideração, mas que uma nota oficial sobre a atual situação da investigação deverá ser divulgada nesta semana. Carlos Camacho, especialista em acidentes aéreos, foi quem levantou para as famílias a tese sobre a falha. Dois outros casos foram detalhados na carta: um incidente que ocorreu em 2 de dezembro de 2002, na Suíça e outro em uma aeronave que voava de Manaus para Orlando. De acordo com o especialista, os três incidentes tiveram a mesma causa. “Eventos que, de uma ou doutra forma, se correlacionam e apontam o estabilizador horizontal como o verdadeiro ‘vilão’”, diz a carta de Flávia. BN
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