Uma garota de 14 anos foi estuprada e morta a pedradas no dia do seu aniversário, em uma linha de trem desativada em uma cidade do Rio de Janeiro. O próprio irmão mais velho da vítima, um adolescente de 17 anos, foi identificado como o autor do crime.
O jovem tinha ficado internado por dois anos no Instituto Padre Severino pelos crimes de estupro e tentativa de homicídio contra uma jovem no município de Itaboraí. Ele tinha sido liberado da detenção há apenas dois meses.
No dia do crime, a menina saiu de casa de manhã falando que ia passar o aniversário na casa do pai. Ao chegar lá, o pai deu um dinheiro para que ela fosse ao mercado comprar algumas coisas. A filha nunca mais voltou, mas o irmão mais velho retornou para casa com as compras.
"Foi então que começamos a suspeitar do irmão dela, porque encontramos no bolso da garota uma nota fiscal de um mercado com as mesmas mercadorias que ele havia levado para a casa do pai", disse para o jornal Extra o delegado Raul Gustavo Morgado, que investiga o caso.
Após estuprar a irmã, o adolescente a agrediu com diversas pedradas na cabeça. A Polícia Militar encontrou a menina ainda com vida, nua e com o rosto completamente desfigurado. Ela chegou a ser socorrida para o hospital municipal de Itaboraí, mas não resistiu aos ferimentos.
O irmão mais velho da menina confessou o crime em depoimento para à polícia, e ainda de acordo com a polícia, demonstrou frieza. "Ele disse que fez isso porque já havia estuprado a irmã quando ela ainda tinha 9 anos. E que depois que saiu da internação, ela havia dito a ele que contaria para a família o que ele fez com ela", revelou o titular Morgado.
"Durante o depoimento, ele contou em detalhes como matou a irmã. Ele disse que encontrou com ela voltando do mercado e disse a ela que ira acompanha-lá até a casa do pai deles. No meio do caminho, ele deu uma "banda" nas pernas dela e aproveitou para estuprá-la. Logo em seguida, ele pegou um pedregulho e deferiu golpes na cabeça da irmã, até ela apagar", disse.
Em estado de choque, a mãe da vítima e do autor do crime comentou o caso. "Na parte da tarde, meu filho mais velho chegou em casa muito nervoso e suado. Disse que estava muito preocupado com os irmãos dele", revelou a dona de casa para o Extra.
"Ainda cheguei a questionar se ele sabia de alguma coisa, mas ele disse que não sabia de nada e que estava muito preocupado. Fiquei muito nervosa e como meus outros dois filhos estavam em casa, comecei a ligar para o celular da minha filha e nada dela atender. Até que recebemos uma ligação da polícia e acabamos descobrindo o pior", lamentou.
O crime aconteceu na tarde deste último sábado (22), e a menina foi enterrada no dia seguinte sob forte comoção. O irmão foi entregue à Justiça, que vai definir que medidas socioeducativas serão cumpridas por ele.
A mãe do garoto diz que pede para que Deus tire dela a raiva que sente do filho, e que acredita que ele é doente porque chegou a pedir para que ela fizesse sexo com ele dias após sair da internação. "Foi horrível escutar aquilo. Ele disse sério e eu respondi na hora que ele estava ficando maluco e que eu nunca faria isso. Sinceramente, depois de saber o que ele teve coragem de fazer com a própria irmã, provavelmente ele fazia isso com outras mulheres", disse a dona de casa.
"Minha filha era uma garota linda e feliz. Queria encontrar com meu filho e perguntar, olhando nos olhos dele, por que ele fez essa maldade tão grande. No dia do crime, se eu tivesse uma arma, acho que eu mesma teria matado ele", confessa. "É difícil falar isso, mas acho que ele é um maníaco sexual".
A menina estava no 5º ano do ensino fundamental e completou 14 anos no mesmo dia do crime. As professoras lamentaram a morte da jovem, e não se conformam com as circunstâncias. "Agora, o que fica é o sentimento de saudade e de revolta por um irmão ter tido a coragem de fazer uma crueldade dessa", disse uma docente ao jornal Extra. "Esse rapaz deve ser um maníaco. Ele tem 17 anos, ou seja, vai ser solto rapidamente e nós ficaremos em risco", concluiu.
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