Líderes do PSDB na Câmara e no Senado defenderam nesta quinta-feira (6) que a saída para a crise é a realização de novas eleições e não o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
A declaração foi dada no mesmo dia em que a imprensa revelou que tucanos e peemedebistas se reuniram para discutir a possibilidade de abertura de um processo de impedimento contra a petista. Caso isso aconteça, o vice-presidente Michel Temer, que é do PMDB, assumiria o cargo.
Os tucanos disseram ainda que concordavam "parcialmente" com a avaliação feita por Temer na quarta-feira, 5, de que estava faltando uma pessoa no cenário nacional que conseguisse unir o País, mas deixaram claro que essa pessoa não seria o peemedebista. "Não será através de um acordo, de um conchavo político, de um entendimento meramente entre partidos, que nós encontraremos saída para esta crise. Precisamos, sim, de alguém que una a Nação, e esse alguém só surgirá legitimado pelas urnas", disse Cássio.
Os tucanos fizeram um apelo para que as pessoas que forem às ruas no próximo dia 16 se manifestem a favor da realização de novas eleições e deixem de lado a bandeira do impeachment. "Estamos lançando um movimento para que a sociedade brasileira reflita que a melhor saída para a gravidade da crise são novas eleições", disse o líder do Senado.
As duas lideranças refutaram a tese do PT de que pedir uma nova eleição era um movimento golpista da oposição e disseram que estavam "na expectativa" da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que investiga irregularidades nas contas da campanha que podem resultar na cassação do mandato de Dilma. O caso deve ser julgado até outubro. (Estadão)
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