por Eduardo Rodrigues | Estadão Conteúdo**Foto: Carlos Severo / Fotos Públicas
Quase três anos após o pacote para o setor elétrico que teve o objetivo de reduzir as tarifas dos consumidores, a presidente Dilma Rousseff (PT) lança na próxima terça-feira (11) um novo plano para o setor. Mas, desta vez, com praticamente nenhum impacto imediato para os usuários. Batizado como Plano de Investimentos em Energia Elétrica (PIEE), o novo pacote tratará de investimentos já previstos em obras de geração e transmissão para os próximos anos, sem trazer novidades palpáveis com relação a esses empreendimentos. "Vai ser como fizeram lá atrás com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), quando pegaram vários projetos que já existiam e colocaram um novo carimbo, uma nova logomarca. Na verdade, o governo vai anunciar um conjunto de coisas que já estão acontecendo", disse ontem uma fonte após receber o convite para a cerimônia. Na avaliação de outra fonte do setor, o anúncio tem mais caráter político do que prático, uma vez que os problemas pelos quais o setor elétrico passa continuam sem uma solução. Para essa fonte, a prioridade teria de ser resolver pendências que ainda restam da "desorganização" que resultou do pacote lançado em setembro de 2012. "Existem questões nas mesas de negociação, como o risco hidrológico dos geradores e a renovação das concessões das distribuidoras, que são mais urgentes do que o anúncio de obras que já têm um cronograma e um calendário definidos", disse. Entre as obras que podem fazer parte do Plano Nacional de Energia Elétrica está a usina hidrelétrica do Tapajós, eterna promessa que, ano após ano, tem sua construção adiada. BN
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