Viaduto em construção desaba em Belo Horizonte
14.set.2014 - Foi implodida a alça norte do viaduto Batalha dos Guararapes, em Belo Horizonte. Parte da estrutura desabou durante a Copa do Mundo, em junho, matando duas pessoas e ferindo outras 23 na Avenida D. Pedro I, uma das principais vias da capital mineira. Leia mais Uarlen Valério/Estadão Conteúdo
Treze meses após o desabamento do viaduto Batalha dos Guararapes, na Pampulha, em Belo Horizonte, durante a Copa do Mundo, a Justiça acatou a denúncia contra 11 engenheiros que participaram do projeto, da construção e da fiscalização da obra, que agora viram réus. São engenheiros da Consol (responsável pelo projeto), da Cowan (executora das obras) e da Sudecap (empresa do município responsável pela fiscalização das obras).
A tragédia, que aconteceu em 3 de julho de 2014, matou a motorista Hanna Cristina dos Santos (24) e o servente de pedreiro Charlys do Nascimento (25) e feriu outras 21 pessoas.
Com a decisão do juiz da 11ª Vara Criminal de Belo Horizonte, Marcos Henrique Caldeira Brant, desta terça-feira (4), acatando a denúncia do MP (Ministério Público) de Minas Gerais, os onze engenheiros viram réus no processo: José Lauro Nogueira Terror, à época secretário municipal de Obras e Infraestrutura de Belo Horizonte e superintendente da Sudecap, Maurício Lana (Consol), Marzo Sette Torres(Consol), Rodrigo de Souza e Silva (Consol), José Paulo Toller Motta (Cowan), Francisco de Assis Santiago (Cowan), Omar Oscar Salazar Lara (Cowan), Daniel Rodrigo do Prado (Cowan), Osanir Vasconcelos Chaves (Cowan), Cláudio Marcos Neto (Sudecap) e Mauro Lúcio Ribeiro da Silva (Sudecap).
Na denúncia, o MP disse que os engenheiros da Cowan e da Consol estavam cientes dos problemas do viaduto, mas, mesmo assim, decidiram continuar a obra, "assumindo o risco do resultado, no caso, o desabamento". Já os engenheiros da Sudecap, tiveram falha, de acordo com o MP, na fiscalização da obra. Para o MP, eles foram "negligentes".
A assessoria do Fórum Lafayette explicou que, após os réus serem comunicados oficialmente sobre a ação, eles terão que constituir advogados para fazer a defesa. Em seguida, participarão das audiências de instrução do caso, que não tiveram as datas ainda marcadas.
A reportagem do UOL ligou para as assessorias de imprensa da Cowan e da Sudecap, além da sede da Consol, mas não obteve sucesso. A assessoria de imprensa da Prefeitura de Belo Horizonte disse que não iria comentar a decisão da Justiça.
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