REDAÇÃO ÉPOCA
O senador Fernando Collor (PTB-AL) discursa no plenário do Senado Federal (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)
O senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) negou nesta quarta-feira (5), na tribuna do plenário do Senado, participação no esquema de corrupção na Petrobras descoberto na Operação Lava Jato. Mais cedo, o G1 revelou que a Polícia Federal (PF) suspeita que o ex-presidente tenha recebido R$ 26 milhões em propinas de contratos da BR Distribuidora. Ele é um dos 48 políticos investigados pela Lava Jato e é alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
"Reafirmo que tudo não passa de ilações. São falsas versões impingidas à opinião pública de forma a esterilizar a verdade, a escamotear as reais intenções midiáticas do procurador-geral da República e a impor a narrativa que a ele interessa. Principalmente num momento como esse, de sua campanha pela recondução ao cargo que agora ocupa. Utilizam-se do meu nome, utilizam-se da minha imagem, utilizam-se dos meus bens para se autopromoverem, para fazer aquele espetáculo", afirmou Collor na tribuna em trecho reproduzido pelo G1.
Rodrigo Janot, procurador geral da República, segundo Collor, pratica "vazamentos seletivos" de informações e promove uma "sórdida estratégia midiática". O senador também disse que carros de luxo apreendidos na Operação Politeia, desdobramento da Lava Jato, são de propriedade de empresas das quais é sócio majoritário e "pediu" a devolução deles. "São bens de minha propriedade, adquiridos de forma lícita, correta, e portanto, devem ficar sob a minha guarda, mesmo na condição de fiel depositário", afirmou.
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